Sim, eu tive dengue

Opinião

Elisabete Barreto Müller

Elisabete Barreto Müller

Professora universitária e delegada aposentada

Sim, eu tive dengue

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Atualizado quarta-feira,
20 de Março de 2022 às 08:44

Resolvi contar sobre a minha experiência com a dengue porque entendo que é um dever de cidadã informar algumas questões e compartilhar o que vivi para auxiliar outras pessoas.

O mosquito transmissor está em muitos lugares. Contrair a doença não significa que somos relaxados ou que nossa casa é suja. Por aqui, cuidamos as calhas, não temos água parada, não há pratos molhados em vasos de plantas, nem pneus velhos e outros lixos espalhados pelo pátio. Enfim, não temos possíveis criadouros de larvas desse inseto. Mesmo assim, fui picada por algum que me transmitiu a dengue.

Assim, gostaria de destacar que a dengue não é ficção, não é invenção da mídia. Ela chegou com grande força na região e precisamos nos unir para combater o mosquito que causa a doença, o Aedes aegypti, e devemos levar mais informações à comunidade. Claro que o poder público tem o dever de zelar pelo cumprimento das regras sanitárias e garantir a saúde da população, mas nós, enquanto sociedade, também precisamos colaborar.

Dengue sempre pareceu uma doença distante de nós, própria de lugares mais quentes e úmidos. Como era algo estranho, talvez, não demos a devida importância ao que começou a acontecer nas nossas cidades. Ainda é uma doença diferente e que não sabemos muito bem como agir diante dela. Até mesmo a questão da vacina é algo ainda muito recente, não está disponível para todos. É importante também que façamos uma reflexão sobre as causas reais de ter tantos mosquitos. Será que não há um desequilíbrio ecológico? Por que tudo está tão fora da ordem?

Quando começaram os meus primeiros sintomas, pensei que estivesse com covid: febre, indisposição, dores no corpo. Fiz o teste e negativei. Porém, piorei e tive muita náusea, cansaço, manchas vermelhas. Fui ao plantão do Hospital São José em Arroio do Meio (aliás, onde fui muitíssimo bem atendida) e o médico diagnosticou dengue. Como estava nos primeiros dias dos sintomas, consegui fazer um exame em laboratório e logo estava confirmada a doença. Os remédios prescritos foram gerais para combater os sintomas. E tive que ingerir muito líquido; hidratação é fundamental para combater a doença. Fiquei melhor apenas no décimo dia dos primeiros sinais.

Na ocasião em que estive no hospital, havia muitas pessoas também com suspeita de dengue. Depois disso, tive conhecimento de vários casos de amigos e conhecidos que adoeceram. Sem dúvidas, há um surto.
Dessa forma, recomendo fortemente que fiquem atentos para a ocorrência dos sintomas da dengue e que busquem logo atendimento médico. Usem repelente e ajudem a divulgar informações confiáveis para prevenção. Dengue é uma doença séria! Cuidem-se!


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