A Secretaria de Administração e Segurança Pública planeja expandir a cobertura das câmeras de vigilância nas zonas urbana e rural. O governo prepara licitação para implementar, neste ano, dois novos pontos de videomonitoramento, com quatro câmeras cada, o que proporciona uma visão em 360º.
Um dos pontos é o acesso aos bairros Nova Morada e Novo Paraíso, nas proximidades da RSC-453, a Rota do Sol. O outro local é a Linha Delfina. Em quatro anos, a expectativa da pasta é chegar ao cercamento eletrônico de todo interior, com 41 pontos monitorados. Hoje, são 24 locais com câmeras.
Os novos equipamentos serão interligados com o sistema de monitoramento da empresa DGT, mas não serão necessariamente da mesma companhia, já que um novo processo licitatório será aberto. Outras medidas para aumentar a segurança no interior estão no horizonte do governo.
Em abril, a Patrulha Rural deve ser instituída na Brigada Militar (BM). O governo também promove o mapeamento das propriedades rurais. Cada agricultor recebe um número de identificação. O cadastro é interligado ao GPS da polícia e dos bombeiros para deslocamentos mais rápidos e atendimentos ágeis.
Inovação em cartões-postais
A escadaria do Rio Taquari e o Parque Princesa do Vale devem receber neste ano câmeras equipadas com uma ferramenta de comunicação direta com a polícia. De acordo com o secretário César Pereira da Silva, o sistema proporciona via dupla de alerta entre a comunidade e a polícia.
“Aperta-se um botão e se pode conversar com a Brigada. O brigadiano consegue usar um megafone para avisar as outras pessoas”, explica. Ele projeta expandir o sistema para outras localidades no próximo um ano. Uma área indicada para receber a tecnologia é o bairro Boa União.
A Polícia Militar também será equipada com a tecnologia utilizada no cercamento eletrônico. O programa de “Reconhecimento Óptico de Caracteres” (OPC, na sigla em inglês) converte diferentes tipos de documentos em dados pesquisáveis. A ferramenta permite a identificação rápida de placas de carros procurados.
“Criminosos usam tecnologia para o mal, nós temos que usar ao nosso favor”, avalia o secretário. “Todo mundo, de alguma forma, está sendo observado. Não é invadir a privacidade das pessoas, é cuidar da segurança”, acrescenta.
Os recursos tecnológicos não substituem o policiamento ostensivo, pondera Silva. Para o ex-comandante da polícia, as ferramentas devem auxiliar o trabalho dos agentes.
Monitoramento reduz crimes, diz estudo
Levantamento da Secretaria de Administração e Segurança Pública demonstra queda de 75% dos crimes nas áreas monitoradas por vídeo, desde a implementação do sistema em 2017. Nas zonas cobertas, o último registro de assalto a pedestre foi em 2019.
“Quando olhamos para estes números, percebemos que o serviço é essencial”, avalia o coordenador de Segurança Pública, Sandro Bremm.