A estatal do plano de saúde dos funcionários públicos do RS acolheu uma das demandas dos hospitais gaúchos. O IPE Saúde aceitou revisar os valores de referência para evitar a suspensão dos atendimentos de usuários nas instituições hospitalares.
Por outro lado, o Instituto de Assistência à Saúde dos Servidores Públicos do Rio Grande do Sul (IPE Saúde) ainda não apresentou um plano para quitar débitos com as casas de saúde. Em dados apresentados pela instituição, o passivo chega a R$ 1,1 bilhão.
Os representantes dos hospitais também buscam a formação de um comitê técnico permanente e a suspensão da tabela unilateral de medicamentos. Em um primeiro momento, a estatal prorrogou em 30 dias a aplicação dos valores, que são considerados insuficientes para cobrir os custos.
Essa margem defendida pelos gestores dos hospitais é apontada como uma forma de equilibrar a defasagem no valor da internação. “Nossa tabela de diárias e serviços não é reajustada pelo IPE Saúde faz dez anos”, afirma o presidente do Sindicato dos Hospitais Beneficentes, Religiosos e Filantrópicos do Vale do Taquari, Fernando da Gama.
Na avaliação do dirigente, a implementação do tabelamento de remédios sem a participação dos hospitais motivou a intenção em suspender os atendimentos de pacientes conveniados pelo IPE. Gama destaca que sem a revisão de tarifas fica inviável o serviço. “As instituições hospitalares teriam de pagar para atender o paciente, isso não faz sentido.”
A partir desta primeira reunião, promovida ontem, entre diretoria da autarquia e representantes dos hospitais, os atendimentos mantêm os atendimentos até a definição do percentual de reajuste. Novo encontro deve ocorrer até o fim do mês para avaliação de propostas.
Repasses do Estado
Embora acumule dívida de R$ 1,1 bilhão com as instituições hospitalares, a autarquia confirma a regularidade dos repasses do Estado. O IPE Saúde destaca que desde 2019, o Piratini honra com as 12 parcelas anuais.
Para equilibrar o fluxo de caixa da estatal, o plano de reestruturação prevê a reavaliação de processos internos, reformulação de auditoria, implantação de novas tecnologias e mudanças na matriz de despesas e melhorias nas fontes de financiamento.
Demandas dos hospitais
– Suspensão do tabelamento de medicamentos;
– Reajuste nos valores dos serviços prestados pelas casas de saúde;
– Pagamento de débitos do IPE Saúde com os hospitais gaúchos;
– Formação de comitê técnico permanente com participação de representantes das instituições hospitalares.
