Guerra e paz em tempos modernos

Opinião

Caroline Lima Silva

Caroline Lima Silva

Assuntos e temas do cotidiano

Guerra e paz em tempos modernos

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Temos acompanhado, de forma dura e desumanizada, a guerra que se instaurou entre Rússia e Ucrânia. Guerra que ocorre em pleno ano de 2022, quando tanto já se avançou em iniciativas visando à paz entre os povos. Falar em paz não é tese, tampouco utopia ou, simplesmente, ausência de conflito, mas algo factível, tendo início dentro de cada indivíduo. Há muito mais interesses envolvidos numa guerra do que podemos inferir ou problematizar de acordo com as nossas interpretações pessoais, mas, do ponto de vista psicológico, sempre há uma personalidade dominadora à frente de tudo. A necessidade de poder, controle e supremacia são aspectos do ego um tanto ultrapassados em líderes com grande envergadura, porque existe uma consciência coletiva das novas gerações que atendem aos pressupostos da paz. Entretanto, ainda vivemos num mundo de provas, no qual o mal, infelizmente, ainda prevalece como condição pedagógica para todos evoluírem.

Faço parte de um movimento chamado Cultura da Paz, ministrando cursos de extensão em universidades e em outro formato em instituições que tenham uma visão humana e com responsabilidade social. Esse movimento não é novo, mas faz parte de todo um legado deixado por líderes como Gandhi, Martin Luther King e outros tantos ativistas da paz que impactam, até hoje, a nossa vida. Tanto que há inúmeros tratados pelas Nações Unidas, como a Declaração de Sevilha sobre a Violência, elaborada por cientistas de várias partes do mundo, e a Carta da Terra, um convite a todos os seres humanos refletirem sobre valores que despertem interesse em comum para a construção de um mundo melhor. Assim, para que a cultura de paz se concretize, grandes mudanças devem ocorrer, principalmente, na área educacional, no sentido de modificar as reações comportamentais causadas pela diversidade, trazendo aspectos inclusivos e colaborativos.

Portanto, é na singularidade de cada um, no íntimo individual e na apropriação de quem se é que a paz começa, porque cada ação que fazemos para o ambiente diz respeito a nós mesmos. Ou seja, para termos paz precisamos ser paz, dando o exemplo e não terceirizando a responsabilidade. Pequenas ações cotidianas em prol da paz podem tomar tal proporção que não imaginamos o quanto uma atitude pode provocar no coletivo. E aqui deixo a pergunta essencial para todos refletirem: O que você tem feito para tornar sua vida mais pacífica? Porque as perguntas movem a humanidade, e não as respostas.

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