A mulher brasileira em toda a sua cor

Opinião

Bibiana Faleiro

Bibiana Faleiro

Jornalista

Colunista do Caderno Você

A mulher brasileira em toda a sua cor

Por

Preta, branca, de pele rosada, amarela, alaranjada. De olhos azuis, verdes, castanhos, cor de mel e cor da noite. Os cabelos ondulados, cacheados, lisos, alisados, longos e encurtados. O sorriso largo, tímido, indeciso, determinado. A mulher é de muitas fases, e a mulher brasileira, é de todas as cores.

Em um mês em que pensamos nelas mais do que qualquer outro do ano, elas estão nas capas dos jornais, das revistas, nas redes sociais. Mas será que todas as mulheres brasileiras são representadas e homenageadas nesta data?

Por si só, o mês da mulher não é exatamente de comemoração e as flores se tornaram ainda mais um símbolo da luta por respeito e igualdade. Não só entre gênero, mas penso que também é preciso respeito e igualdade entre as próprias mulheres. Ou, no mínimo, para todos os tipos de mulheres.

O substantivo que nos define é amplo demais, e os detalhes estão na particularidades de cada uma de nós. Mas, no fim, somos o reflexo uma da outra, mesmo que a nossa aparência não se pareça igual.

Mesmo assim, no Brasil, a desigualdade aparece quando mulheres negras recebem 50% a menos no mercado de trabalho em relação a outras mulheres. Quando a luta, para elas, para as mulheres indígenas ou estrangeiras é ainda mais difícil. E quando, muitas vezes, as próprias mulheres não se ajudam entre si.

Este é um momento de falar sobre o que já conquistamos até aqui. Para mostrar os espaços que, com o tempo, passamos a ocupar, mas é também momento de não nos compararmos com os homens. De olharmos para nós mesmas e nos perguntar o que estamos fazendo para que todas as mulheres tenham acesso à qualidade de vida, à própria vida e ao respeito?

O mês também nos deixa o questionamento sobre como estamos construindo a imagem da mulher brasileira. Será que damos voz, corpo e rosto para todas as nossas cores e culturas? A mudança é bem mais necessária do que parece e o respeito começa entre nós mesmas, mulheres de todos os tipos, de todas as raças e todas as dores.


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