Quantas vezes a gente já não segurou as lágrimas para não deixar sobressair alguma tristeza? Para que os outros não nos vejam com todas as nossas fraquezas? Porque sim, o choro é sinônimo de fraqueza para muitos daqueles que não se deixam sentir uma dor ou mesmo uma alegria.
E quantas vezes não nos sentimos mesmo frágeis quando deixamos escapar um soluço agudo sem querer? Mas, será que tudo isso nos faz ser realmente fracos? Para mim, quem sabe mostrar suas fraquezas é ainda mais forte do que pensa. É sensível, e a sensibilidade está em falta no mundo.
Antes mesmo da fraqueza, cabe entendermos a vulnerabilidade. No dicionário, ela significa algo ou alguém que não é capaz de se defender.
Por outro lado, a sensibilidade consiste na capacidade de percepção sensorial referente às emoções, sentimentos ou sensações físicas. Ter sensibilidade significa ser capaz de sentir empatia, de se colocar no lugar do outro e tentar sentir a sua dor.
Então, quando choramos, qual dos dois sentimentos estamos vivendo? Chorar pode significar tantas coisas, e acredito que seja a menos egoísta das sensações. A gente chora ao ver a dor do outro, e quando sentimos a nossa própria. Mas também choramos quando estamos felizes demais, orgulhosos e emocionados demais.
Eu sou uma dessas pessoas choronas. Não chorosas, nem mesmo saudosas, mas, para o bem ou para o mal, eu choro, até aquele aperto no peito sumir. Por mais antagônico que possa parecer, o choro, para mim, tem a mesma força da risada. Eles podem ser opostos, mas a gente já chorou de tanto rir, e já riu no fim de um choro. Quando um acompanha o outro, qualquer situação pode se transformar.
Mas, voltando às nossas fragilidades, fraquezas ou vulnerabilidades, quando o choro é mesmo por medo e nos expõe, ele pode ser um pouco mais dolorido, mas, se prestarmos a atenção, é ele quem nos liberta de qualquer dor. Parece que depois de chorar, a nossa alma se torna limpinha outra vez, para viver novas emoções e encontrar motivos para chorar de tanto rir ou mesmo rir depois de tanto chorar.
