Evolução

Opinião

Hugo Schünemann

Hugo Schünemann

Médico oncologista e diretor técnico do Centro Regional de Oncologia (Cron)

Evolução

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Quando Charles Darwin fez a sua primeira viagem com o navio Beagle ao redor do mundo, passou quatro anos coletando material que futuramente seria a base do livro “A Origem das espécies”, no qual lança a teoria da evolução.

Segundo Darwin, os seres vivos estão em constante transformação para enfrentar o mundo que também muda, dia a dia. Não são os maiores que dominam, nem os mais fortes. Quem vence é quem melhor se adapta e cria ferramentas para enfrentar o ambiente que o cerca. Isso vale também para as instituições.

Ser grande é bom, mas não necessariamente uma vantagem evolutiva.

E, com as transformações ocorridas nos últimos meses, por conta da pandemia, ficou evidente que outras habilidades são necessárias. A pandemia mudou o ambiente como um todo, e suas consequências foram, estão sendo e serão vistas por um bom tempo. E para que as instituições sobrevivam e superem os desafios, muitas precisam se reinventar.

A palavra de ordem agora é “INOVAÇÃO”. Quando falamos em inovar, logo pensamos em novas tecnologias, máquinas mais modernas, novos produtos. Tudo certo, mas não é isso.
INOVAR é fazer o mesmo, mas melhor. É rever processos e torná-los mais claros, mais eficientes. É fazer o mesmo, mais barato e melhor. É fazer mais, com menos. É fazer o mesmo, com outros ingredientes.

Está claro que a pandemia encerra um ciclo no planeta. Que o caos logístico que vivemos no momento nos farão repensar a forma de produzir e de render. E que a busca por novos caminhos não para.

A evolução de Darwing mostra que muitos seres vivos seguem o caminho do fracasso. Alguns porque tornam-se especializados demais e ficam vulneráveis a pequenas alterações de ambiente. Da mesma forma, algumas instituições tornam especializadas demais e, portanto, muito dependentes de determinados insumos.

Outras espécies fracassam pois evoluem conceitos ultrapassados. E o passar do tempo termina por relegá-las ao passado, ao esquecimento. Desaparecem. O mesmo se aplica às instituições.

A saída está em ler e compreender o ambiente no qual se está inserido e desenvolver habilidades, não só para desenvolver-se nele, mas também para enfrentar as suas transformações.

Mas pasmem, recentemente saiu um artigo mostrando que o processo evolutivo, descrito por Darwin, continua. Os seres vivos continuam a modificar-se estimulados pelo ambiente em que vivem e pelos desafios da competição pela sobrevivência. Da mesma forma, a evolução das instituições deve continuar sempre, inovando, criando novas ferramentas, novas habilidades, fazendo mais e melhor o que já fazem, mas buscando desenvolver novos produtos que possam ter valor no ambiente em que se inserem.

Evoluir é inovar, e vice-versa. É um processo, que se desenvolve ao longo do tempo.

E o tempo?

Ah, esse não para…

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