“Revolucionei o espetáculo com ideias mirabolantes, surpresas e muitas alegrias”

ABRE ASPAS

“Revolucionei o espetáculo com ideias mirabolantes, surpresas e muitas alegrias”

Natural de Lajeado, Daniel Burghardt, 33, viu sua vocação à arte surgir na infância. Na adolescência, passou a ministrar aulas de teatro para crianças em Encantado e municípios da região alta. Depois, levou seu talento e criatividade para a produção artística do Lajeado Brilha. Desde 2013, é o responsável por escrever o espetáculo de Natal da CDL Lajeado.

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“Revolucionei o espetáculo com ideias mirabolantes, surpresas e muitas alegrias”
(Foto: Mateus Souza)
Lajeado

Quando você descobriu sua vocação ao teatro?

Iniciei essa aventura com 13 anos na escola. Aos 16, já me destacava. Aí, a secretária de Educação de Encantado à época me convidou para ministrar oficinas de teatro para crianças. Estudava de manhã e dava aulas à tarde em sete escolas. A partir deste momento, iniciei minha trajetória profissional. Descobri que podia trabalhar com algo que amava e ainda fazia a diferença para aquelas comunidades.

Desde 2013 você escreve o espetáculo de Natal do Lajeado Brilha. Como surgiu o convite?

Em 2011, a Lume Eventos me chamou para promover um Natal diferenciado em Encantado. Desenvolvi projeto com alunos de um grupo de teatro que tinha. Foi um evento legal e com muita repercussão. No ano seguinte, eles passaram a organizar a campanha do Lajeado Brilha e, em 2013, me convidaram para atuar na parte artística do evento. Revolucionei o espetáculo da chegada do Papai Noel, com ideias mirabolantes, surpresas e muitas alegrias.

Sentiu falta do público no espetáculo do ano passado?

Foi uma experiência nova e desafiadora. Projetávamos um público mais restrito no Claudião, mas, na semana do espetáculo, o governador baixou um decreto que impossibilitava a presença de pessoas. Tivemos que readequar algumas coisas e fizemos do jeito que deu. E, claro, você sente falta do público, das palmas, das risadas, do brilho no olhar das crianças.

De onde surge tanta inspiração para escrever um novo roteiro a cada ano?

Não sei certo. As vezes estou na fila do mercado e, na minha frente, tem uma criança com a mãe. Ela olha para a prateleira e fala algo inesperado, mas criativo. Escuto aquela frase e penso: em que mundo ela vive? Tem muito disso, do mundo infantil. É um mundo que é invisível, a gente não vê. Mas que inspira. Também vem dos contos, das fábulas, ou até das minhas experiências de um ano para outro.

Qual foi o espetáculo que te marcou mais?

O do ano passado, “Renascer”. Entreguei o resumo e o título em novembro de 2019 e comecei a escrever o espetáculo nas férias. Em fevereiro, começou a pandemia. O roteiro casou sem querer com o momento. Falava do quanto precisávamos nos unir para renascer e descobrir uma nova forma de viver. Se pudesse, repetiria, desta vez com público.

Quantas pessoas estão envolvidas na produção deste ano?

Em torno de 180 pessoas fazem o “Alabaster em terras de Mira – a origem de São Nicolau”. Isso inclui o povo que as pessoas veem no palco e também as pessoas que atuam nos bastidores. São figurinistas, iluminadores, o pessoal do backstage, da sonoplastia. Eles nunca aparecem, mas trabalham muito. A turma é grande.

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