Os canteiros da avenida Presidente Castelo Branco, no bairro Moinhos, recebem um cuidado especial, graças à iniciativa de empresários da região. A adoção de determinadas áreas públicas é uma atividade regulamentada pelo município e aberta para toda a população desde agosto deste ano.
Há cerca de um mês, Luiz Bianchini, proprietário da Santa Clara Máquinas, ao perceber a falta de atenção com o espaço em frente a sua loja, resolveu procurar a prefeitura para saber se poderia fazer algo a respeito. Com a autorização, ele chamou uma empresa parceira para decorar o canteiro e teve o apoio do departamento de trânsito, para a pintura do meio-fio.
Desde então, o cuidado é constante. “Todo mundo que passa me vê de manhã e à tarde regando, fazendo a manutenção e podando”, conta Bianchini. E a iniciativa serve de exemplo para outras empresas da região. “Outra empresa pediu auxílio para fazer mais um pedaço da rua. Já vai ser o quarto canteiro que a gente vai fazer”, diz.
O secretário do Desenvolvimento Econômico, Turismo e Agricultura (Sedetag), André Bücker, explica que a lei foi modificada neste ano, permitindo a pessoas físicas também adotarem os chamados “logradouros de lazer e cultura”. Ele ainda pontua que são poucos os canteiros adotados no município.
Como adotar um canteiro
O solicitante deve fazer o encaminhamento do pedido e indicar qual local tem a intenção de adotar, o que pretende fazer, a forma que pretende cuidar e quem será o responsável. O processo passa pela Sedetag, pelo Conselho de Desenvolvimento Econômico (Condem) e é encaminhado para a Secretaria de Administração para os trâmites de contrato com o responsável.
Quem adota uma área pode instalar uma placa de publicidade no local, como contrapartida. No entanto é proibida a propaganda de cunho político, fumo, bebidas alcoólicas e conteúdos impróprios para crianças e adolescentes.