Sonho antigo de autoridades e de ciclistas, a ciclovia regional, que cruza três municípios do Vale do Taquari, se tornou uma obra prioritária para a Secretaria de Turismo do Estado. Técnicos da pasta, que percorreram o trecho levaram a demanda diretamente ao governador Eduardo Leite. A intenção é incluí-lo no programa Avançar no Turismo, que será lançado em breve pelo Palácio Piratini.
O projeto inclui 37 quilômetros de faixa para ciclistas, a partir de Estrela, na ERS-129, até o município de Imigrante, passando também por Colinas. O trecho se tornou muito frequentado nos últimos anos, sobretudo para a prática esportiva e também do cicloturismo. Porém, o tráfego de veículos em determinados horários torna o passeio perigoso.
A secretária de Cultura, Turismo e Esporte de Estrela, Carine Schwingel, comenta que a insegurança aos ciclistas chamou a atenção dos técnicos, bem como a quantidade de pontos de parada que o trecho possui. Por isso, consideram a obra como “necessária” no estudo que foi levado ao governador.
“Já existe neste percurso um movimento turístico, com pontos instalados e funcionando. É um movimento inverso do que ocorre em outras regiões. A iniciativa privada criou o cicloturismo neste espaço. Agora falta a participação do Estado na construção da ciclovia”, afirma Carine.
Sensibilizar o Estado
Carine espera que, caso a obra saia do papel, seja feita na integralidade, ligando Estrela a Imigrante. “Não se sabe o quanto é possível conseguir de recursos. É um investimento alto. Uma coisa é sensibilizar o Estado da importância da obra. Outra é viabilizá-la na totalidade, envolvendo os três municípios”, frisa.
O prefeito de Imigrante, Germano Stevens também ressalta a necessidade da obra, por se tratar de um trecho perigoso, e lembra que abordou o assunto com o secretário de Turismo do RS, Ronaldo Santini, durante uma visita deste ao município, em junho.
Para Stevens, é importante que os três municípios “comprem a briga” e atuem de forma conjunta. “Não adianta apenas um prefeito fazer sua parte e os outros não. Essa é uma construção coletiva, que deve a liderança de uma entidade como a Amturvales e nós, prefeitos, fazendo o trabalho político para que a obra tenha início, meio e fim”, destaca.
Quatro anos de discussão
A construção da ciclovia regional é uma demanda antiga. Mas só foi incorporada pelo poder público a partir de 2017, quando os prefeitos de Estrela, Rafael Mallmann, e de Colinas, Sandro Herrmann, se reuniram pela primeira vez para tratar do tema. Com o tempo, ganharam o apoio do governo de Imigrante, que também estava na rota dos ciclistas.
À época, a obra foi orçada em mais de R$ 6 milhões e a demanda foi levada tanto ao Estado quanto à Brasília. Contudo, nunca houve avanços significativos para viabilização da obra. “Enxergamos como uma boa possibilidade a inclusão da ciclovia neste programa do Estado. É uma necessidade dos ciclistas”, destaca Herrmann.
