O sol da tarde queima

Opinião

Jonas Ruckert

Jonas Ruckert

Diretor do Colégio Teutônia

Assuntos e temas do cotidiano

O sol da tarde queima

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Gustavo Adolfo 1 - Lateral vertical - Final vertical

Chegamos ao derradeiro trimestre final do ano. Meu sentimento tem sido sempre o mesmo neste período: peito apertado, agenda lotada, metas e objetivos ainda a consolidar em um tempo que é restrito. Neste ano, somado a tudo isso, tenho estado reflexivo com uma pergunta: por que você (e eu) fazemos o que fazemos?

Recentemente, assistindo a uma palestra de Erika Linhares, executiva do mundo corporativo, concretizei uma afirmativa que há muito me acompanha: pouco (ou nada!) terá sentido sem propósito. Algo ou alguma coisa precisa nos mover/demover e explicar o porquê fazemos o que fazemos. Somado a isso, a gratidão (tão falada neste período do ano) pelo que somos, temos e fazemos precisa estar presente.

No entanto, engana-se quem entende-se ser grato ao dizer obrigado. Gratidão é diferente de educação. Gratidão é entrega, trata-se de um estado de consciência em que nos percebemos com a possibilidade de propormos transformações porque fomos agraciados com circunstâncias e oportunidades ímpares. Se gentileza gera gentileza, ouso dizer que gratidão gera ação, desprendimento e uma sociedade melhor.

Concluo, após muitas reflexões, que faço o que faço porque sou grato! Sou grato à vida pelos meus ricos pais – e aqui ressalto que riqueza não tem relação com saldo bancário, mas com legado –, pela educação de exceção que recebi, pela minha família e pela possibilidade de ser agente de mudança. Faço o que faço porque entendo que o momento é oportuno para transformações. Faço o que faço porque quero ser protagonista e viver na arena, construir legado (minha história na história). Faço o que faço porque enxergo nas dificuldades ocasião para construir relações sólidas e transparentes. Faço o que faço porque sendo grato me sinto comprometido com a inovação e o desenvolvimento social.

E você? Por que você faz o que faz?

Sugiro pensar sobre. O tempo é agora! Tempo de mudar, de evoluir e de transformar! Aproveitemos o sol da manhã, que ilumina, energiza e anuncia a possibilidade de um novo dia. Sejamos gratos pelo que temos para agora. O sol da tarde queima. Façamos logo para que possamos estar na sombra quando convir. Se o mundo fala em tecnologias 4.0, indústria 4.0 e tantas outras coisas mais, sejamos por conseguintes gestores 4.0, pais e mães 4.0, filhos 4.0 e tudo mais que a singularidade de cada um permite ser. Façamos tudo que fazemos muito bem feito, pois é o nosso tempo a isto dedicado. Afinal, relembrando a frase de Tatiana outrora anunciada nesta coluna: “quem mata o tempo não é assassino, é suicida, porque mata a si mesmo”.

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