Gasolina e energia elétrica puxam alta da inflação

Economia

Gasolina e energia elétrica puxam alta da inflação

Despesas com transporte aumentaram 2,22% e habitação 1,55%. Prévia acumula taxas de 7,02% no ano e 10,05% em 12 meses

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Gasolina e energia elétrica puxam alta da inflação
Foto: Arquivo A Hora
Vale do Taquari
Gustavo Adolfo 1 - Lateral vertical - Final vertical

Ao subir 2,85% em setembro, a gasolina acumula alta de 39,05% nos últimos 12 meses, é o que aponta o IBGE. Em Lajeado, o combustível é vendido a R$ 6,19, conforme pesquisa semanal da Agência Nacional do Petróleo (ANP). Junto ao aumento na energia elétrica, impactam na alta da prévia da inflação medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15).

De acordo com a economista Cintia Agostini, o real desvalorizado, indisponibilidade de matéria-prima, valorização do petróleo, crise energética e aumento da demanda são fatores que elevam as projeções de inflação acima de 8%.

“Essa prévia dos últimos 15 dias é a maior taxa para o mês de setembro desde 1994. A questão cambial é um dos problemas, pois reflete em tudo que importamos e diante da falta de insumos, encarece nossa produção”, avalia.

Esses aspectos geram preocupação ainda maior para o próximo ano. “As prévias da inflação afetam a dinâmica da retomada econômica do Brasil”, pontua Agostini. Na avaliação, o poder de compra de muitas famílias não acompanha o aumento de custos.

Ainda conforme a economista, hoje a maior parte do salário do trabalhador vai para despesas de consumo. Com a mesma renda e sem aumentos, já não é possível comprar os mesmos itens. Entre os alimentos, a pesquisa do IBGE destaca altas nos preços da batata-inglesa (10,41%), do café moído (7,80%), do frango em pedaços (4,70%), das frutas (2,81%) e do leite longa vida (2,01%).

Prévia da inflação

O IPCA-15 chegou a 1,14% em setembro deste ano. A taxa é superior ao resultado de 0,89% de agosto deste ano e ao 0,45% de setembro do ano passado. No ano, a prévia da inflação oficial acumula taxas de 7,02% e 10,05% em 12 meses. A taxa trimestral do IPCA-15, também conhecida como IPCA-E, chegou a 2,77%. Os dados foram divulgados nessa sexta-feira, 24, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

De agosto para setembro, oito dos nove grupos de despesas registraram inflação, com destaque para transportes (2,22%), que teve alta de preços influenciada pela gasolina (2,85%), etanol (4,55%), gás veicular (2,04%) e óleo diesel (1,63%).
A alimentação e bebidas também apresentou impacto importante na alta do IPCA-15, ao registrar taxa de 1,27%. Nas despesas com habitação, alta de 1,55%. O item que mais influenciou essa alta de preços foi energia elétrica, que ficou 3,61% mais cara no período. Por outro lado, educação foi o único grupo de despesas com deflação (queda de preços): -0,01%.

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