“Vejo aqui muita coisa da cultura alemã”

Abre aspas

“Vejo aqui muita coisa da cultura alemã”

Moradora de Saarbrücken, no sudeste da Alemanha, Lea Altmeyer, 23, está na região para visitar o namorado. Eles se conheceram durante o intercâmbio do lajeadense Roberto Kussler, em 2019

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“Vejo aqui muita coisa da cultura alemã”
Vale do Taquari

Você percebe a influência da cultura alemã na região?
Eu percebo uma influência, sobretudo, nas pessoas que têm sobrenomes alemães. Como essas pessoas teriam antepassados alemães, acabam trazendo aspectos culturais da Alemanha nas suas criações. Eu consigo perceber isso.

Quais aspectos da cultura alemã são perceptíveis na criação das pessoas da região?
Essas pessoas seriam mais dedicadas e mais sérias. Eu fui na casa de algumas pessoas que têm hortas em casa. Com alface, tomate, verduras que comem são plantadas em casa. Os alemães fazem muito isso. Vejo aqui muita coisa da cultura alemã. Claro, depende da época do ano, porque às vezes é muito frio. Mas na medida do possível, nós plantamos as nossas comidas também. Esse é um aspecto bem alemão.

No início do mês, você participou da celebração de oito anos do convênio entre Boppard e Arroio do Meio. Como você chegou a esse evento?
A minha sogra é professora de alemão e acaba trabalhando com essas tradições. Muitas vezes, ela ajuda na comunicação entre essa associação de amigos, em Arroio do Meio, e os amigos de Boppard. Como eles fizeram esse evento, acharam que seria legal a presença de um cidadão alemão lá.

O que você achou do evento?
Eu achei muito bonito. As pessoas lá têm essa aproximação com a Alemanha. Eu não imaginava que seria assim, que seria uma aproximação tão grande. As pessoas estavam realmente empolgadas em ter uma cidade irmã na Alemanha. Eu acho muito importante a aproximação dos dois povos.

Com a pandemia, você ficou um pouco receosa de viajar?
Eu me senti um pouco insegura, mas não muito. Eu sabia que ia ficar na casa do meu namorado e que eles se cuidam bem. Isso me deu mais confiança, mas me senti um pouco insegura nos aeroportos e deslocamentos. Mas eu estou com as duas doses da vacina. O governo da Alemanha não complicou em nenhum momento a viagem, porém quando eu voltar vou ter que ficar obrigatoriamente em quarentena, dentro de casa, isolada. Não posso sair em hipótese nenhuma. Tenho que ficar 14 dias. E isso é controlado pelo governo, eles telefonam e monitoram.

Isso é para qualquer país ou apenas para lugares onde a pandemia não está bem controlada?
Não são todos os países. O Brasil é um país que tem a variante própria. Como o país tem a variante de Manaus, são necessários 14 dias de quarentena. Para quem volta de outros países, a quarentena é de cinco dias.

O que você pensa sobre a vacinação no Brasil?
O sistema de vacinação é muito bom. Porque aqui é só ir na fila. Eu acompanhei meu namorado no drive-thru. E eu achei muito interessante porque a gente fica no carro, mantém o distanciamento, fica sentado, confortável, e funciona. Na Alemanha, nós temos muito mais burocracia. Tem que telefonar para o médico, marcar uma consulta, e tudo demora. Precisa de documentação e carimbos.

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