Desperta, Vale do Taquari.  Vamos eleger deputados locais?

Opinião

Fernando Weiss

Fernando Weiss

Diretor de Mercado e Estratégia do Grupo A Hora

Coluna aborda política e cotidiano sob um olhar crítico e abrangente

Desperta, Vale do Taquari. Vamos eleger deputados locais?

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Atualizado sábado,
24 de Julho de 2021 às 10:18

Vale do Taquari

Opinião clara, direta e sem receio do julgamento. Esses são três atributos indispensáveis para qualquer articulista/colunista de jornal que pretende influenciar a sociedade e contribuir para a construção de um ecossistema mais vencedor.

Então. Ano vai, ano vem, e o Vale do Taquari se lamuria diante da pouca representatividade política que ele tem nas esferas estadual e federal. De fato, sequer elegemos um único deputado nato do Vale nas eleições de 2018. Ficamos com Edson Brum, e diga-se de passagem, ele tem estado próximo às nossas demandas e feito um trabalho importante para a região. Mas ele é de menos. Em 2022 o Vale terá nova oportunidade para abandonar a mediocridade articulista e, portanto, eleger deputados locais.

Lembremos: o Vale do Rio Pardo, com poucos eleitores a mais do que nós, elegeu cinco deputados locais no último pleito. E o que precisamos fazer aqui? O que precisamos fazer diferente? É culpa dos candidatos? É culpa dos partidos? É culpa do eleitor? Eu diria que é tudo um pouco. Depende de uma compreensão mais desenvolvimentista por parte dos partidos, de um preparo mais consistente por parte dos candidatos e, não menos importante, de menos omissão e negligência por parte da sociedade.

Emanuel Hassen de Jesus, o Maneco (PT). Paulo Kohlrausch (MDB). Douglas Sandri (Novo). Para mim, está nestes três nomes uma grande oportunidade para o Vale do Taquari acessar uma (ou mais) vaga na Assembleia Legislativa. Os três são candidatos assumidos e seus movimentos recentes os colocam em evidência.

Maneco foi prefeito de Taquari por oito anos, presidiu a Famurs e representa a esquerda, ainda que seu modelo de gestão tenha sido menos conservador e mais liberal.
Kohlrausch está no quarto mandato em Santa Clara do Sul e preside a Amvat mais uma vez. Representa o centro, e seu modelo de gestão implantado em Santa Clara do Sul é reconhecido pela inovação, ousadia e o empreendedorismo.
Douglas Sandri não se elegeu por 317 votos na última eleição. Está em Brasília como assessor parlamentar. Representa a direita liberal e, pelo fato de estar num partido menos expoente, precisa menos votos para conseguir uma vaga.
Vejo estes três como os mais preparados e propensos a se eleger em 2022, desde que os respectivos partidos façam movimentos condizentes em direção ao sucesso.

Logo abaixo

Jonatan Bronstrup (PSDB). João Braun (PP). Márcia Scherer (MDB). Marcelo Caumo (PP). José Scorsatto (PDT). Estes são outros nomes expoentes e que são cotados – ou se cotam – para concorrer no próximo ano. Tem outros mais, é claro, mas de menor expressão. Fato é que o número de candidatos locais tem atrapalhado o desempenho nos últimos anos. Seria bom, necessário e producente se os próprios partidos parassem de fazer das eleições estaduais e nacionais trampolim para o pleito municipal. Precisamos de representantes locais e de candidatos que estejam prontos e com reais chances de alcançar votos suficientes para se eleger. Sem isso, continuaremos órfãos no Congresso Nacional e na Assembleia Legislativa.

E os de fora?

Nada contra. Tentam ocupar um espaço que lhes é de direito. Mais do que isso. Perceberam que vir fazer campanha no Vale é promissor. Vejamos: na última eleição, 206 candidatos a deputado estadual e 64 a federal fizeram voto aqui. O que precisa ocorrer é um empoderamento e uma articulação maior e melhor entre os líderes políticos da região (prefeitos e vereadores, principalmente, e para isso não podem se “vender” por emenda) para que o eleitor também perceba um propósito por detrás das candidaturas de maior potencial.
Este artigo pode parecer romântico. Ou ingênuo. Ou parcial. Ou seletivo. Ou sei lá o que. Fato é que o Vale (leia-se partidos, políticos e eleitores) precisa mudar sua postura na eleição de 22. Não adianta esperarmos resultado diferente se não mudarmos nossa atitude. Vamos nessa?

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