Desmascarando o egoísmo!

Opinião

Elisabete Barreto Müller

Elisabete Barreto Müller

Professora universitária e delegada aposentada

Desmascarando o egoísmo!

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Atualizado segunda-feira,
26 de Julho de 2021 às 10:34

Lajeado
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Será que alguém imaginou em 2019 que teríamos uma pandemia e que ela mudaria de forma tão significativa as nossas vidas? Eu jamais cogitei nada parecido, mas sigo uma nova rotina desde o ano passado e nela está o uso de máscara.

Nunca tive dúvida de que, para saber como proceder diante de tão grande perigo, teria que ouvir, primeiramente, a voz da Ciência, da OMS, e estar atenta para o que deveria fazer em prol do coletivo porque necessitava cuidar de meus familiares, de mim e da comunidade em que vivo. Teria que ser empática. Não poderia olhar só para meu umbigo e confiar no meu histórico de atleta, na minha ótima saúde de quem foi policial. Precisaria procurar fontes confiáveis e de pessoas que estudaram, pesquisaram, que estavam tentando criar vacinas para salvar vidas. Nesse contexto, as regras sanitárias foram muito claras desde o início: distanciamento social, lavar bem as mãos ou passar álcool em gel e usar máscara para proteger a todos.

Atualmente, mesmo com a descoberta de vacinas, em razão de novas variantes da Covid-19 provocadas pela irresponsabilidade e/ou perversidade de muitos, pelo descumprimento de normas sanitárias básicas, ainda devemos usar máscara e não aglomerar.

Por que, então, tantas pessoas não estão mais fazendo isso? Estariam seguindo maus exemplos, seriam ignorantes? Ouço muitas justificativas: só tiro a máscara no trabalho, já tomei vacina, não posso julgar porque todos estão cansados, fulano também se cuida… Sinceramente, nenhuma me satisfaz.
Se existe uma regra sanitária para proteger vidas, oras, ela deve ser cumprida. Não é o seu “achismo” que vale, não são as fake news negacionistas. Não se pode dizer: eu não quero usar máscara, não gosto de usar máscara, e danem-se os demais. Se a sua despreocupação coloca a vida alheia em risco, você precisa ser responsabilizado. Não é assim quando alguém dirige sob a influência de álcool, por exemplo?

Portanto, quando chegar numa repartição pública, temos o direito de ser atendidos por funcionários com máscara e eles, por sua vez, têm a obrigação de seguir esse cuidado e exigir o mesmo de nós. Não é uma questão de opinião. É dever! O mesmo precisa acontecer em locais privados, mas com circulação de pessoas: supermercados, escolas, lojas, bancos, e tantos outros.

A humanidade somente avançou quando estabeleceu regras de convivência e de respeito. Caso contrário, a barbárie estaria instalada ainda.

Assim, enquanto persistir a pandemia, usar máscara é um marco civilizatório destes tempos e não usar é uma atitude de egoísmo que deve ser desmascarada e combatida.

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