Pais de alunos se mobilizam e cobram solução do Estado

Sem aulas presenciais

Pais de alunos se mobilizam e cobram solução do Estado

Cinco escolas da região estão sem aulas presenciais. O motivo é a falta de servidores para limpeza e merendeiras. São 316 estudantes impactados. Coordenadoria Regional diz que já solicitou contratação dos funcionários e aguarda autorização da PGE

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Pais de alunos se mobilizam e cobram solução do Estado
Em Cruzeiro do Sul, 43 crianças do 5º e 6º ano do Ensino Fundamental não podem ter aulas presenciais (Foto: Bianca Mallmann)
Vale do Taquari
Gustavo Adolfo 1 - Lateral vertical - Final vertical

A pequena Clara, de 10 anos, estuda no 5º ano da Escola Estadual de Ensino Fundamental Anita Garibaldi, de Cruzeiro do Sul. Mas ela ainda não teve aulas presenciais neste ano. Isso porque a escola está com falta de servidores, o que impossibilita a retomada dos encontros.

Nessa instituição, as aulas presenciais foram retomadas apenas para os alunos do 1º ao 4º ano. A escola tem apenas uma servidora de limpeza que providencia a higienização dos espaços. Os 58 alunos desses níveis se revezam semanalmente. Em uma semana, metade dos estudantes participa das aulas presenciais e, na semana seguinte, ficam em casa, enquanto os outros vão até a escola.

As 43 crianças matriculadas no 5º e 6º ano, no entanto, não têm essa mesma possibilidade. Faltam uma servente de limpeza e uma merendeira para a escola poder voltar a atender todos os alunos. Carla Kroth, mãe da Clara, lamenta a situação. Ela e os pais dos outros estudantes se mobilizam e cobram soluções por parte do Estado.

“O que queremos é o direito deles voltarem para as aulas presenciais. Estamos cansados de promessas. É muita burocracia para contratar essas duas pessoas”, reclama Carla.

A mãe também destaca a organização da escola quanto aos protocolos de higienização das salas e dos outros espaços. As classes ficam separadas na distância adequada, assim como há álcool em gel para uso dos professores e crianças, e tapetes sanitizantes na entrada das salas. Além disso, a escola tem um fluxo de movimentação em que as pessoas entram em um portão da escola e saem em outro ponto, para diminuir o contato entre todos.

Para solucionar a falta de profissionais, os pais também se disponibilizaram para fazer mutirões de limpeza, onde cada dia um grupo iria higienizar as salas de aula. Porém, isto não foi autorizado pela Secretaria Estadual de Educação (Seduc).

Problema se repete em outras quatro escolas

Além da escola de Cruzeiro do Sul, outras quatro também não retornaram com as aulas presenciais por falta de servidores. Em Arroio do Meio, a EEEM Guararapes está com as turmas do turno da noite aguardando a contratação de uma profissional para a limpeza.

A escola Frei Antônio, de Bela Vista do Fão, em Marques de Souza, e as EEEF Afonso Mathias Ferrari e José Pretto, de Progresso, precisam de merendeiras para poder atender os estudantes.

CRE aguarda funcionários

No total, são seis vagas de emprego a serem ocupadas na região para possibilitar o retorno das aulas presenciais desses colégios. A 3ª Coordenadoria Regional de Educação informa que a contratação destes servidores já foi encaminhada para a Seduc por meio de uma adição nos contratos originais, já firmados com empresas terceirizadas.

O termo aditivo está na Procuradoria-Geral do Estado. Se receber parecer favorável, será encaminhado para assinatura na Secretaria e a empresa terceirizada recebe a permissão para encaminhar as contratações. A 3ª CRE está em contato diário com o governo estadual para resolver a demanda.

A empresa terceirizada responsável pelos profissionais da limpeza é a JL Soluções em Portaria e Limpeza. Em contato com a reportagem, informaram que todas as vagas solicitadas e autorizadas para a região foram efetuadas.

No momento não há nenhuma vaga em aberto. Quando receber novas solicitações, vai iniciar a busca por pessoas interessadas por meio do Sine, de indicações das equipes diretivas e divulgação das vagas nos municípios.

A reportagem também fez contato com a SV Apoio Logístico Eireli, empresa responsável pelas merendeiras. Mas não obteve retorno até o fechamento desta edição.

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