De volta ao futuro

Opinião

Sérgio Sant'Anna

Sérgio Sant'Anna

Publicitário

Assuntos e temas do cotidiano

De volta ao futuro

Por

Vale do Taquari

Johannes Gutenberg nasceu na Mogúncia em 1400 e revolucionou o mundo. É considerado o inventor da prensa móvel, possivelmente o invento mais importante da Idade Moderna e que ajudou a tirar o mundo das trevas medievais. A Revolução da Imprensa permitiu a reprodução de conteúdo impresso e deu início à aprendizagem em massa. Outras revoluções também marcaram profundamente o coração da sociedade, como as industriais e, a mais atual, a Revolução da Tecnologia da Informação, influenciada por conquistas tecnológicas pós Segunda Grande Guerra e que teve seu incremento nos anos de 1970.

Hoje, sem nem sabermos, todos os dias acontecem revoluções. A ciência e todas as novas tecnologias têm nos permitido avançar, avançar e olhar para um horizonte celestial, literalmente falando. Por mais ficcional que se possa considerar, estamos explorando as crateras de Marte. Bem, nós, não! Segundo a Wikipedia, as sondas e aterrizadores presentes em Marte são norte-americanos, japoneses, russos, da Agência Espacial Europeia e da Organização Indiana de Pesquisa Espacial. Os robôs “spirit” e “opportunity” estão lá a trabalho desde o início de 2004. Claro, se você cogita a hipótese de que a Terra é plana, tudo isso não passa de ficção de Isaac Asimov ou Arthur C. Clarke.

As revoluções são tão rápidas que os produtos já nascem com data de validade. A obsolescência programada é parte integrante do plano de desenvolvimento de inúmeros itens tecnológicos. E as pessoas que detêm poder aquisitivo e uma certa dose de consumismo costumam movimentar os algoritmos recebendo belas ofertas para atualizar seus “gadgets”, ou seja, seus mais diversos dispositivos eletrônicos portáteis. Não tenho visto por aí muita gente disposta a trocar seu iPhone 12 Pro Max, comprado pela bagatela de oito mil pilas, por um 5S modelo 2016. Por que será? Será por quê? Isso me lembra aquele comercial dos biscoitos Tostines: “vende mais porque é fresquinho ou é fresquinho porque vende mais?”. A maioria dos viventes não lembra ou nem conhece. Passou. Virou passado.

Os novos tempos nos fazem vislumbrar novos horizontes. “Quando setembro chegar…” é mais que apenas um bom título para novela das sete, é o desejo de vermos todos vacinados e andando para frente. Afinal, quem anda pra trás é o Curupira… ou nem ele. Há inúmeros movimentos acontecendo pelo mundo, infelizmente nem todos buscam avançar. Há e sempre haverá tentativas de retrocessos. As forças ocultas não são simples teorias da conspiração ou influência na Netflix. Basta recorrer à história e verás. Então, com apenas um pouco de reflexão é possível perceber para onde podemos ir quando abrimos mão de uma Ferrari do ano para embarcar numa Romi-Isetta 1956.

Entre passados, presentes e futuros, despeço-me hoje deste espaço tão nobre, que me foi concedido pelos amigos do Grupo A Hora, desde março de 2019, e onde pude com toda liberdade expressar minhas ideias, dados e especulações. Outros projetos, no momento, me tomam emprestado as emoções e a mente e me dei ao luxo dessa licença. A gratidão pela oportunidade e pelo reconhecimento é imensa e jamais será esquecida. E, sempre que puder, estarei por aqui ou em algum dos diversos canais de comunicação que o Grupo A Hora, com maestria, vem administrando. Aliás, o físico e o digital aqui se condensam. Sinal que Gutemberg e Steve Jobs devem estar por aí compartilhando memes nas redes celestiais. Mas duvido que o guri da Mogúncia tenha convencido Jobs que o voto impresso é mais seguro que um voto digital. O futuro nos aguarda. Até lá!

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