“A duplicação da 386 é a principal obra de infraestrutura do estado”

De Marques a Lajeado

“A duplicação da 386 é a principal obra de infraestrutura do estado”

Diretor presidente da CCR Viasul, Fausto Camilotti, apresentou investimentos e projetos às quatro rodovias concedidas para a empresa durante reunião da Federasul. De acordo com ele, duplicação da BR-386 tem potencial de mudar o patamar do RS em termos de logística e de segurança para os motoristas

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“A duplicação da 386 é a principal obra de infraestrutura do estado”
Câmeras serão instaladas na BR e controle na central de operações permitirão atendimento mais ágil, diz diretor da CCR (Foto: Divulgação)
Vale do Taquari

Em dez anos, mais de 169 quilômetros de pistas duplicadas. Esse é um dos detalhes do contrato de concessão da BR-386. A responsável pela obra, a CCR Viasul, espera para o fim desta semana a publicação no Diário Oficial da União da licença para o início dos trabalhos.

“Já temos a autorização assinada, agora só falta oficializar. Assim que sair a publicação, vamos colocar o pé no asfalto.” A afirmação do diretor presidente da empresa, Fausto Camilotti, foi feita durante o “Tá na Mesa”, projeto da Federasul em que se debate temas estratégicos do RS.

A participação do representante da concessionária ocorreu ontem e foi transmitida pelas redes sociais da entidade. Por cerca de duas horas, Camilotti apresentou os investimentos feitos pela empresa, o cronograma de obras, os serviços prestados e o impacto da atuação da CCR Viasul nos municípios lindeiros às rodovias concedidas.

Na maior parte do evento, a BR-386 foi o assunto abordado. “A duplicação da 386 é a principal obra de infraestrutura do estado”, destacou Camilotti. Para ele, com as novas pistas, a rodovia da produção colocará o RS em outro patamar em termos de logística e segurança aos condutores.

A concessionária venceu o leilão para assumir rodovias federais em novembro de 2018. O pacote tem as BRs 386, 101, 290 e 448. Pelo contrato, parte do Programa de Parcerias de Investimentos (PPI), a empresa terá de investir mais de R$ 7,8 bilhões durante os 30 anos de concessões.

Competitividade

O presidente da Federasul, Anderson Cardoso, destacou a necessidade do estado em termos de melhoria da infraestrutura viária. “Já temos uma amostra com o aumento da capacidade na BR-116. A lei de concessões completa 26 anos e, a partir de 2014, acredito que chegamos no melhor modelo”, destacou na abertura do debate.

Na análise dele, ainda que existam críticas aos pedágios, quando os contratos de concessão são bem feitos, há mais benefícios do que problemas. “O governo fica desobrigado a fazer investimentos e se limita a fiscalização. Enquanto isso, temos empresas que geram empregos, renda, tem expertise e fazem obras com custos menores e mais rápidas.”

Pelo fato de 40% do PIB gaúcho vir do setor primário, disse Cardoso, há uma dependência do setor rodoviário para escoamento das produções. “Sequer temos infraestrutura mínima para isso. Então precisamos de mais concessões para nos tornarmos mais competitivos.”

Câmeras e monitoramento

Junto com a duplicação, todo o trecho concedido terá câmeras ligadas na central de monitoramento. De acordo com o diretor presidente da CCR Viasul, na 386 serão mais de mil aparelhos.

“O usuário terá mais segurança. Qualquer motorista, que tiver alguma pane mecânica, estará sendo acompanhado. Poderemos dar a ordem de atendimento antes mesmo de ele nos acionar. É uma forma inteligente de prestarmos esse serviço”, destacou Camilotti.

Segurança e empregos

Em 18 meses, a CCR Viasul calcula uma redução de 75% no número de acidentes fatais nos trechos concedidos. “Esse é o nosso principal objetivo, reduzir as mortes no trânsito. Além de preservar a vida, também há impacto sobre o setor público. A cada acidente grave, estima-se que o custo aos cofres públicos se aproxime dos R$ 500 mil.”

Sobre geração de impostos e empregabilidade, Camilotti destacou a política da empresa. Parte da prioridade para contratação de mão de obra local e também para aquisição de materiais nas empresas dos municípios que fazem parte dos trechos concedidos. “Acreditamos ser uma forma de valorizarmos a economia local”, frisou.

Em todos os quatro trechos sob responsabilidade da empresa, o pagamento de ISSQN e os investimentos em serviços ultrapassam os R$ 46 milhões em 18 meses, afirmou. No Vale do Taquari, esse montante supera R$ 4,7 milhões.

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