Privilégio

Opinião

Jéssica R. Mallmann

Jéssica R. Mallmann

Jornalista

Colunista do Caderno Você

Privilégio

Por

Gustavo Adolfo 1 - Lateral vertical - Final vertical

O Caderno Você e o programa Pra Você deste final de semana vão falar sobre um assunto que eu adoro escrever a respeito: a inclusão social.

Desde pequena, aprendi que inclusão é ver o outro como ser humano, independente de sua raça, deficiência, gênero ou classe. Ou seja, é o ato de possibilitar que todos os cidadãos tenham oportunidades de acesso a bens e serviços básicos.

Para minha sorte, ou privilégio, ao longo dos anos pude conviver com várias pessoas diferentes de mim. Fato que me ensinou a mudar o olhar sobre o outro.

Me lembro que, ainda criança, tive uma colega com deficiência cognitiva. A jovem, na época, era bem mais velha que a média de idade da turma, mas ela tinha uma pureza e inocência que eu admirava. A história dessa moça me marcou.

No período da escola e depois na faculdade também tive um professor com dificuldade visual, colegas surdos, cadeirantes, autistas, indivíduos de outras etnias, raças, de diferentes opções sexuais…

Não posso esquecer de mencionar alguns familiares que também me ensinaram muito com as suas diferenças.

O fato é que, ao fazer uma análise de todos que já passaram pela minha vida, posso me considerar privilegiada.

Privilegiada por ter contato com tantas diferenças e ter vivido em um mundo considerado o ideal perante a inclusão social. Um mundo em que todos convivem em harmonia, independente de suas distinções.

Sei que a minha realidade não condiz com o que se passa na vida de muitos. Sei que existem inúmeras pessoas que nunca conviveram com o diferente e o evitam. Há ainda aqueles que tentam inserir-se no mundo, mas a sociedade os barra.

Bom seria se todos pudessem conviver de perto com algumas diferenças e aprender com elas.

Desafio

Observei que, mesmo tendo contato com tantas pessoas, ainda preciso aprender muito. Para a matéria principal, por exemplo, me deparei com o desafio da comunicação em libras. E achei isso incrível.

Ser diferente e conviver com a diferença faz com que, todos os dias, aprendamos algo novo. E assim me desafiei. Quem sabe na próxima matéria eu consiga me comunicar por meio da segunda língua oficial  brasileira.

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