“Eu sinto uma satisfação quando vejo a peça pronta”

Abre aspas

“Eu sinto uma satisfação quando vejo a peça pronta”

Lis Carlise Falkowski, 31, é arquiteta de formação, mas não atua mais na área. No início da pandemia, começou a fazer crochê em fios de malha. Um hobby que se tornou uma segunda fonte de renda

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“Eu sinto uma satisfação quando vejo a peça pronta”
(Foto: Arquivo Pessoal)
Vale do Taquari
Gustavo Adolfo 1 - Lateral vertical - Final vertical

Quando você começou a trabalhar com crochê em fios de malha?
Eu sou arquiteta de formação mas não atuo há um tempo. Sou concursada como auxiliar administrativa no setor público. Comecei a fazer crochê no início da pandemia porque estava procurando alguma coisa para ocupar a cabeça. Pensei em tocar violão, fazer lettering ou tricô. Mas acabei escolhendo o crochê. Isso foi lá pelo mês de março do ano passado, quando teve o primeiro isolamento. Tirei férias pra ficar em casa e fui pesquisar sobre o crochê. Comprei alguns rolos de fio de malha e aprendi assistindo tutoriais no Youtube. E aí fui aprimorando, fiz o instagram pra conseguir vender e de um hobby isto virou uma segunda fonte de renda.

Teve algum motivo para escolher o crochê e não uma das outras atividades que você citou?
Assisti alguns vídeos de tricô e pedi pra minha mãe me ensinar também, mas não consegui aprender. Então, além de ter achado o crochê mais fácil, ele tem muitas possibilidades. Tanto no fio de malha,quanto no fio normal. No fio de malha é possível fazer coisas de todos os tamanhos, só de decoração ou com finalidades infinitas. E agora estou aprendendo a fazer amigurumis, que são feitos com o fio normal do crochê. Como eu tenho um lado que curte coisas nerds e seriados, estou aprendendo a fazer personagens e bonecos. Mas além disso, o crochê foi um jeito que encontrei para me desconectar um pouco dos problemas, porque quando eu estou crochetando tenho que prestar atenção no que estou fazendo, contando os pontos, por exemplo. Assim fico menos ansiosa.

Você tem alguma peça preferida? O que mais gosta de fazer?
Eu gosto muito de fazer uns cachepôs em um estilo diferente. Dá pra usar eles como porta lápis, ou para colocar difusores de ambiente, plantas… Acho eles muito charmosos, dá usar para várias finalidades. E gosto também muito da minha almofada. Mas sei que se eu fizesse ela de novo agora, ficaria melhor.

Qual a sensação de te desafiar a aprender algo novo em meio à pandemia?
Acho extremamente empoderador desafiar os nossos limites e expandir o nosso próprio conhecimento. Eu sempre gostei de aprender coisas novas. Fazia cursos de idiomas, cursos de instrumentos… Também fiz vários cursos desses de gastronomia. Estamos aqui para sempre evoluir. Não podemos parar no tempo.

Nesse um ano, você percebeu que a prática do crochê te ajudou a ocupar a cabeça?
Com certeza. Como diz em uma camiseta que eu li e quero muito comprar: “o crochê é a nova yoga”. Porque, além de ocupar a cabeça quando eu podia estar tendo crises de ansiedade sozinha em casa, é divertido de fazer. Eu sinto uma satisfação quando vejo a peça pronta. Trouxe mais cor na minha vida, porque também fiz várias peças para mim mesma. Deu um novo propósito quando parecia que a vida estava em stand by.

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