Vale do Taquari criou 992 vagas em janeiro, informa Caged

Antes da bandeira preta

Vale do Taquari criou 992 vagas em janeiro, informa Caged

Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) revela saldo positivo no Vale no primeiro mês do ano, após queda em dezembro. Período de avanço da pandemia, no entanto, deve inverter quadro e tendência será de redução nas vagas a partir de março

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Atualizado quarta-feira,
17 de Março de 2021 às 07:54

Vale do Taquari criou 992 vagas em janeiro, informa Caged
Foto: Divulgação
Vale do Taquari
Gustavo Adolfo 1 - Lateral vertical - Final vertical

Os 38 municípios da região fecharam janeiro com um resultado positivo na empregabilidade. Entre admissões e demissões, foram criadas 992 vagas de trabalho. Esse é o resumo do Cadastro Geral de Empregos (Caged), do Ministério da Economia, divulgados na terça-feira, 17.

Com a marca, o Vale do Taquari voltou a ter um resultado positivo após dezembro, quando houve a extinção de 485 postos com carteira assinada. Antes disso, foram quatro meses, de agosto até novembro, com mais admissões do que demissões.

Os dados do Caged consideram informações do mercado formal de trabalho e sempre trazem um recorte de meses anteriores. A alta de janeiro é consequência da retomada econômica vista no segundo semestre de 2020, antes do avanço da pandemia, com a chegada da nova variante do vírus.

No acumulado dos últimos 12 meses (fevereiro de 2020 até janeiro deste ano) o saldo regional é pequeno, com a criação de 177 postos formais de trabalho. Os setores responsáveis por esses resultados são a indústria, em especial a ligada ao ramo dos alimentos, os serviços e a construção civil.

Com relação ao Estado, janeiro teve mais de 27 mil vagas criadas. O resultado supera todos os postos extintos no ano passado e também é o melhor para o mês na série histórica, iniciada em 1991.

Situação preocupante

Apesar dos dados positivos, a tendência para os próximos meses não é boa, afirma o presidente da Câmara da Indústria e Comércio da região (CIC-VT), Ivandro Rosa. Ele destaca que esses dados do primeiro mês de 2021 ilustram um momento em que havia mais otimismo, com menos restrições às atividades produtivas e com a perspectiva de controle da pandemia.

Com o recrudescimento das normas quanto à circulação e funcionamento das atividades produtivas, o dirigente projeta meses no negativo a partir de março. “A análise não é favorável. As restrições vão aumentar o número de pessoas demitidas”, diz.

Os segmentos mais impactados vão desde o comércio, passando pelos serviços e até a indústria, em especial a calçadista. “Na semana passada, passou de 200 demitidos em Teutônia neste segmento. É muita gente. Recolocar todas essas pessoas no mercado leva tempo.”

Para Rosa, é preciso verificar as diferentes características regionais, em que há cidades com perfil mais agrícola, outras com pequenos comércios e outras mais industrializadas. Com isso, os resultados não são uniformes, avalia.

Apesar disso, alguns pontos são comuns, como o fato das três semanas com bandeira preta, em que o comércio e muitos serviços não puderam atuar. “O comerciante já usou todas as ferramentas disponíveis. O banco de horas, antecipou as férias. Não há outra alternativa se não reduzir a equipe. Isso é muito ruim para a economia regional, pois vai interferir na renda das pessoas.”A volta do modelo de cogestão na próxima semana é um alento para reabertura do comércio, diz Rosa. Porém, é preciso ter consciência de que não será um atendimento como vinha ocorrendo até fevereiro. “Haverá restrições. O comerciante poderá abrir, mas não vai aumentar a equipe. O máximo que poderá fazer é manter parte do quadro.”

 

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