“A sociedade já viveu crises tão graves, ou até piores, e superamos”

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“A sociedade já viveu crises tão graves, ou até piores, e superamos”

Médico Hugo Schünemann participou do programa da Rádio A Hora 102.9 e avaliou o agravamento da pandemia no estado

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“A sociedade já viveu crises tão graves, ou até piores, e superamos”
(Foto: Divulgação)
Brasil
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O programa Frente e Verso, da Rádio A Hora 102.9, recebeu na manhã desta sexta-feira, 5, o médico Hugo Schünemann. O cenário da pandemia aliada a falta de diálogo entre os setores econômicos e da saúde foram temas do comentário.

O “desespero” dos gestores de hospitais e o cansaço dos colegas de profissão foram observados pelo médico nas últimas semanas. Segundo ele, ninguém esperava que o vírus sofresse mutação e contaminasse aquelas pessoas que sequer estavam preocupadas. “O que fizemos de errado? Fizemos tudo errado! A gente vendeu a ideia lá trás de que essa doença era perigosa para idosos e pessoas com comorbidades, o que é uma verdade, mas que agora não atinge só eles”, aponta.

Para o comentarista, existe uma incapacidade de dialogar. Na sua opinião, o setor comercial, produtivo e industrial deveriam se reunir com os órgãos da saúde e, juntos, buscar alternativas para resolver parcialmente os problemas que surgiram a partir da pandemia. Dessa forma seria possível encontrar uma saída. “A sociedade já viveu crises tão graves quanto ou até piores e superamos”, salienta.

Schünemann ressalta que não gostaria de estar “na pele de nenhum gestor”, tanto a nível municipal quanto estadual. “Quando isso passar, vamos olhar a foto do governador e dos prefeitos e ver o quanto envelheceram em dois anos por causa dessa pressão diária de ter que tomar decisões e não conseguirem contentar a todos”, pontua.

De acordo com o médico, o que tem se visto são colocações muitas vezes “agressivas e destrutivas de pessoas que não tem empatia com quem está perdendo familiares”. Ainda para ele, a população vem sendo bombardeada por fake news.

O comentarista observa que, aqueles países que conseguiram vacinar um grande número de pessoas, a mortalidade despencou, bem como as internações. “Então tem um caminho, o que não podemos fazer é negar que ele existe”

Ouça o comentário de Hugo Schünemann na íntegra:

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