“Se o decreto não for revisto, prevemos uma situação caótica no varejo”

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“Se o decreto não for revisto, prevemos uma situação caótica no varejo”

Presidente da FCDL-RS, Vitor Augusto Koch, diz que governo falhou na elaboração do decreto com o fechamento do comércio não essencial. Além disso, segundo ele, se não houver retomada pode ocorrer o fechamento de 15 mil estabelecimentos no território gaúcho

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“Se o decreto não for revisto, prevemos uma situação caótica no varejo”
(Foto: Divulgação)
Estado

O presidente da Federação das Câmaras de Dirigentes Lojistas (FCDL) do Rio Grande do Sul, Vitor Augusto Koch, demonstra preocupação com o fechamento do comércio não essencial devido à bandeira preta no Estado.

Em entrevista ao programa Frente e Verso, da Rádio A Hora 102.9, na manhã desta terça-feira, 2, destacou que conhece a gravidade do vírus, mas reforça que os comerciantes seguindo todos os protocolos de segurança estabelecidos pela Organização Mundial da Saúde (OMS), Ministério da Saúde e Secretaria Estadual da Saúde.

Koch explica que cerca de 99% dos comerciantes do estado possuem poucos colaboradores porque são empreendimentos que contam com a mão de obra familiar. “No ano passado, o governador já decretou que o comércio ficasse fechado. Agora, novamente foi afetado nas suas atividades e que tiveram, através de apelo, chance de vender por tele entrega, televendas e telemarketing.”

O presidente faz uma crítica ao Estado que, segundo ele, deveria de ter sido mais rígido nas fiscalizações durante o período do Carnaval. “Ele falhou porque não exerceu o poder de polícia proibindo as festas que tinham aglomeração. Não foi cumprido o decreto e agora mais uma vez o comércio é penalizado”, fala.

Redução

O último ano encerrou com 13 mil vagas fechadas no comércio. “Éramos 105 mil logistas e tivemos 10 mil com atividades encerradas. Uma grande massa estava enfrentando problemas enormes de fluxo de caixa”, explica.

Uma loja, conforme Koch, quando fechada três ou quatro dias enfrenta problemas porque não tem rendimento para o caixa. “Quando fechamos a loja, deixamos de vender, quando deixamos de vender, deixamos de receber e encomendar pra fábrica. Fábrica sem encomenda, fica com a mão de obra ociosa e acaba dispensando ela.”

Caso o decreto não seja revisto por Eduardo Leite, o presidente acredita que graves problemas possam ser enfrentados pelo segmento. “A vacinação é a única forma de nós corrigirmos esse problema. Mais isso leva tempo porque o mundo está precisando de vacina. Não se deve aproveitar esse momento para fazer discurso político olhando para 2022.”

Se o fechamento perdurar por 15 dias, o presidente da Federação estima que aproximadamente 15 mil estabelecimentos sejam fechados.

Contato com o governador

Houve uma tentativa de agenda com o governador para tentar explicar o que está acontecendo e o quanto o comércio é afetado, mas não foram recebidos nem por ele e nem pela equipe. “Isso é muito lamentável e nós temos apelado há alguns deputados para a interlocução. Espero que ele tenha conhecimento da consequência causada por essa decisão equivocada.”

Ouça a entrevista na íntegra

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