Hora de baixar armas e somar esforços

Editorial

Hora de baixar armas e somar esforços

O que o país menos precisa agora é de conflitos internos. O momento exige união e soma de esforços em meio à maior crise sanitária das últimas décadas

Hora de baixar armas e somar esforços
Vale do Taquari
Gustavo Adolfo 1 - Lateral vertical - Final vertical

O que o país menos precisa agora é de conflitos internos. O momento exige união e soma de esforços em meio à maior crise sanitária das últimas décadas. Um desafio sem precedentes que se impõe à nação e que só terá um desfecho razoável por meio da cumplicidade entre as autoridades e a sociedade.

De uns tempos para cá, a população se acostumou com um nível elevado de polarização política e ideológica, em que os consensos se tornam cada vez mais distantes e os ataques mútuos são tão corriqueiros que o cidadão chega a ficar confuso sobre em qual versão acreditar.

Quando a pandemia chegou com força ao país, em vez de baixarem as armas, as autoridades e forças partidárias intensificaram o confronto, o que certamente corroborou nas dificuldades que o Brasil possui hoje no enfrentamento do coronavírus.

A gravidade que o cenário alcançou exige, sobretudo, racionalidade, bom-senso e equilíbrio. O radicalismo, a caça às bruxas e a busca por culpados pouco contribuem na busca de soluções. Um cenário como este necessita do empenho de todos, no sentido de direcionar todas as atenções às melhores resoluções e evitar que o pior aconteça.

Médicos e cientistas alertam que a sociedade brasileira está à beira de uma catástrofe humanitária. Qualquer cidadão que abra os olhos para o contexto perceberá o quão desafiador é o cenário que se estabelece. UTIs lotadas, pacientes graves sem leitos disponíveis, casos ativos em escalada e a vacinação caminhando a conta-gotas são alguns dos elementos que compõem esta difícil conjuntura.

Com mais de 250 mil mortes e pouca perspectiva de achatamento da curva de contágios, a população parece ainda não ter despertado para a criticidade do período. Importante lembrar que, no mesmo compasso da crise sanitária e do colapso do sistema de saúde, o temor de uma a devastação socioeconômica também se avizinha.

A complexidade do momento, portanto, só será superada por meio do esforço conjunto. Embora o período esteja carregado de adversidades, também poderia consistir na oportunidade de uma articulação inédita em torno de uma estratégia exitosa contra o este mal que assombra a humanidade.

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