Região recupera empregos perdidos entre março e julho

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Região recupera empregos perdidos entre março e julho

Dados divulgados ontem do Caged apontam que 2020 teve mais admissões do que desligamentos no Vale do Taquari até novembro. Das seis maiores cidades, apenas duas estão com saldo negativo no ano

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Região recupera empregos perdidos entre março e julho
(Foto: Arquivo A Hora)
Lajeado
Gustavo Adolfo 1 - Lateral vertical - Final vertical

Depois de um período turbulento para a economia regional, a empregabilidade voltou a crescer no Vale do Taquari. A ascensão, iniciada em agosto, fez com que o número de admissões superasse o das demissões pela primeira vez desde abril. Com isso, 2020 contabiliza a criação de 696 novos postos de trabalho.

Os dados de novembro do Cadastro Geral de Empregos (Caged), do Ministério da Economia, foram divulgados nessa quarta-feira. Conforme o levantamento, o último mês terminou com 1.013 postos de trabalho abertos, mostrando a continuidade do saldo positivo. São 4.122 admissões e 3.109 desligamentos no período.

Dos 38 municípios da região, 12 fecharam novembro no vermelho, com mais demissões do que contratações. Todos são de população inferior a 10 mil pessoas. Os demais registraram saldo positivo na empregabilidade, incluindo os seis municípios mais populosos do Vale, que respondem quase 75% das carteiras de trabalho assinadas na região.

Maior economia do Vale, Lajeado fechou novembro com saldo positivo de 462 e contabiliza 828 vagas criadas desde janeiro. Teutônia, que está com um deficit em 2020 de -374, em virtude das demissões no setor calçadista, teve um mês positivo, após criar 141 novos postos de trabalho. Estrela, que possui o segundo maior número de admissões ao longo do ano, também segue no vermelho.

Desaceleração

A notícia de que a região voltou a ter saldo positivo na empregabilidade, sem dúvidas, é positiva. Mas chama a atenção uma pequena desaceleração na abertura de vagas de trabalho. Após fechar agosto com 380 novos postos criados e disparar em setembro, com 1.405, teve uma leve queda em outubro, com 1.100 e novamente em novembro, com 1.013.

Ainda assim, o cenário atual é animador, principalmente quando comparado com o de abril, ápice da crise econômica decorrente da pandemia. Naquele mês, que teve fechamento do comércio e restrições no funcionamento das indústrias, a região atingiu a marca de 2,8 mil postos de trabalho encerrados.

“Esse dado representa aquilo que falávamos do Vale ali por agosto, de que ocorreria uma retomada. No país, vai ser de forma lenta e gradual, mas na região, por suas características, o reequilíbrio ocorre muito antes da meta brasileira e de outras regiões. Temos setores trabalhando a pleno”, destaca a economista Cíntia Agostini.

Indústria impulsiona economia

Na avaliação de especialistas, a indústria é a grande responsável por recuperar a empregabilidade no Vale. “Isso nós já vínhamos percebendo, que ela vinha puxando o aumento de vagas, principalmente em Lajeado. E os serviços também estão começando a se destacar”, salienta o presidente da Câmara de Indústria, Comércio e Serviços do Vale do Taquari (CIC-VT), Ivandro da Rosa.

O comércio, com a chegada do fim de ano, também deve auxiliar em números positivos no próximo mês, conforme Rosa. “Com a estabilidade das bandeiras, acredito que houve uma retomada nas contratações”. Ele cita ainda o setor da logística como importante na retomada. “Eles tem tido uma demanda muito grande por mão de obra”, afirma.

Por outro lado, outros setores continuam sendo impactados e terão uma recuperação mais demorada. “Principalmente os vinculados ao lazer, ao turismo e ao entretenimento”, pontua Cíntia.

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