O mais humano dos Deuses

Opinião

Caetano Pretto

Caetano Pretto

Jornalista

Colunista esportivo.

O mais humano dos Deuses

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Atualizado sexta-feira,
27 de Novembro de 2020 às 08:52

Vale do Taquari
Gustavo Adolfo 1 - Lateral vertical - Final vertical

Certamente esta frase não foi dita apenas por mim, mas é a que melhor explica quem foi Diego Armando Maradona. Não há no mundo do futebol um ídolo maior que ele. Maradona era muito mais que um jogador. Não há um país que idolatre tanto um esportista quanto a Argentina e seu Dios. O futebol fica mais triste com a morte de El Pibe.

Maradona era controverso, de ideias fortes. Acumulava títulos e polêmicas dentro e fora de campo. Por isso era um de nós. Era humano. Não se calava para ninguém e também não queria saber a opinião dos outros. Era a imperfeição mais perfeita que já passou pelos gramados de futebol.

A figura do meia se confundia com a da Argentina. Não à toda todas as torcidas o amavam. Não importa se foi ídolo do Boca Juniors, pois também contava com a paixão do torcedor do River Plate. A expressão de sua figura para o país foi representada pelo luto oficial de três dias declarado pelo presidente Alberto Fernández. A Argentina e o mundo jamais esquecerão Diego.

Genial e polêmico

É de Diego Armando Maradona a maior atuação que o mundo já viu em uma Copa do Mundo. Pode-se falar de 1970 como a Copa de Pelé, de 1994 como a Copa de Romário ou até de 2002 como a Copa de Ronaldo. Mas nenhuma título foi tão grande e exuberante como a Copa do Mundo de 1986. A Copa do Mundo de Maradona.

Foi naquele ano. Naquela competição. Mais especificamente na partida das quartas de final contra a Inglaterra, que o craque teve a partida mais marcante de sua carreira. E também a que melhor representa a sua figura. Dois gols. O perfeito e o imperfeito. O genial e o polêmico.

Figura que era, marcou primeiro o polêmico. A “Mano de Dios”, talvez o lance mais lembrado da história do futebol. Do alto de seus 1,65 m, Maradona pulou e com o punho cerrado jogou a bola por cima do goleiro Peter Shilton, vinte centímetros maior que ele. A mão de Deus abriu o placar para a Argentina.

Quatro minutos depois do gol mais polêmica da história, Diego marcou aquele que seria batizado de “Gol do Século”. Arrancou do meio-campo, passou por seis adversário e fez o 2 a 0 para a Argentina.

El Pibe falou muito dessa partida e de sua atuação ao longo da vida. Como é de se imaginar, conseguia escolher qual dos gols foi o mais importante e o que mais gostou de fazer. Entre fazer de mão ou driblar o time inteiro, era óbvio, ficava com “La Mano de Dios”.

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