Risco para além da bandeira

Editorial

Risco para além da bandeira

Oito meses de pandemia no RS. Após o arrefecimento dos casos, da queda nos contágios, nos óbitos e na ocupação dos leitos hospitalares, os dados de novembro chegam para mostrar o quão traiçoeira essa doença é

Risco para além da bandeira
Vale do Taquari

Oito meses de pandemia no RS. Após o arrefecimento dos casos, da queda nos contágios, nos óbitos e na ocupação dos leitos hospitalares, os dados de novembro chegam para mostrar o quão traiçoeira essa doença é.

Nos últimos 15 dias, há uma ascensão perigosa no número de contágios. O governador inclusive veio a público apresentar os dados. Fazia quase três meses que Eduardo Leite não fazia mais transmissões sobre o estágio da pandemia.

Os indicadores se aproximam do que foi visto no pico da doença, em especial no mês de julho, quando havia uma redução considerável na disponibilidade de leitos, sejam clínicos ou de UTI.

As próximas semanas serão decisivas para o RS, pois o tão preocupante colapso no atendimento em saúde volta a ser um fantasma para toda a população. Ainda que haja mais conhecimento sobre a covid-19, com redução no tempo de internações dos casos graves, assusta perceber que os casos ativos sobem diariamente.
Para se ter uma ideia, no dia 16 de novembro, Lajeado tinha 145 pacientes com o vírus sendo acompanhados. Ontem, esse total saltou para 261. Mais de 100 positivados em uma semana.

Não há normalidade enquanto não houver uma vacina eficaz. Manter o cuidado, usar a máscara, evitar aglomerações e uma higienização constante são exigências destes novos tempos.

Para a sociedade sair mais forte dessa crise, é necessário reconhecer e valorizar o esforço de tantos profissionais, de líderes sociais e de agentes públicos. Caminho que ainda não foi trilhado, pois o mundo ainda não saiu da pandemia. Não é hora de relaxar.

O ano de 2020 pesa sobre os ombros. Entende-se o cansaço das pessoas. Todos desejam estar perto dos familiares e dos amigos. Aproveitar o fim do ano para confraternizações, para festejar a vida. Mas é preciso relembrar, fazer isso é se expor e expor os demais ao risco de um vírus que já ceifou mais de 160 mil brasileiros.

Mais do que acompanhar as cores das bandeiras nas regiões gaúchas, o dever de todos é minimizar os riscos, para não sofrer com um colapso no atendimento em saúde logo ali na frente.

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