A instabilidade na cadeia do leite se impõe sobre os agricultores. Para superar as barreiras da elevação nos custos de produção, da restrição do mercado, entrada do leite em pó do exterior, é preciso olhar para a propriedade, aumentar a qualidade, quantidade e diminuir despesas.
Frente a esses e tantos outros desafios, há uma palavra fundamental: inovação. Por vezes tão repetida que acaba sendo mal interpretada. Mas de fato, buscar soluções criativas é uma tônica para a pecuária leiteira, assim como para tantas outras atividades, seja no campo e na cidade.
Da porteira para dentro, o Colégio Teutônia e a Emater\Ascar-RS cumprem com um papel muito importante e levam ao público a 14ª edição do Fórum Tecnológico do Leite. Programação iniciada ontem. Pela primeira vez, toda a programação ocorre pela internet.
Ao todo, são oito histórias de propriedades da região, em que os agricultores desenvolveram novos sistemas. A partir dos vídeos, explicam como desenvolveram as técnicas e compartilham os resultados. As atrações seguem hoje e amanhã, no canal do fórum, a partir das 20h. Em cada dia é apresentado um tema. A abertura tratou da pastagem. Hoje será o armazenamento do milho e amanhã sistemas de ordenha.
Temáticas que abordam o dia a dia da cadeia leiteira e servem de norte para aumento de produção e redução dos custos. Aspectos fundamentais hoje em dia e que podem ser o divisor entre o fim das atividades e o sustento da propriedade.
O Vale é referência nacional na cadeia leiteira. É a terceira maior bacia do RS, em menos de 3% da área do estado. Em resumo, significa muita produção em pouco espaço. Também é a terra de duas grandes cooperativas gaúchas do setor e um dos pilares da economia regional.
Há muitos temores sobre a pecuária leiteira. As grandes indústrias elevam a carga de leite em pó comprado do exterior e desregula o preço pago ao produtor. O mercado internacional interfere sobre os preços dos insumos. Aqueles que dependem do milho comprado fora terão dificuldade.
Essas condições exigem a busca por soluções. O preço pago pelo leite in natura é uma constante de mercado. Uma métrica imposta, não há como interferir. Agora, pensar a solução da porteira para dentro é possível e esta dentro da alçada dos agricultores.