Transformação nas campanhas

Editorial

Transformação nas campanhas

As eleições municipais terminam domingo. As últimas horas são intensas, tanto para correligionários, candidatos e para a Justiça Eleitoral

Transformação nas campanhas
Vale do Taquari

As eleições municipais terminam domingo. As últimas horas são intensas, tanto para correligionários, candidatos e para a Justiça Eleitoral. A fiscalização de condutas ilegais, da tentativa de compra de voto, do transporte de eleitores, boca de urna e ameaças de violência são tônicas dessas últimas horas.

Para tanto, as polícias reforçam os efetivos. Colocam a inteligência à serviço do pleito. Nesta eleição tão diferente, que ocorre em meio maior pandemia dos últimos 100 anos, a campanha foi marcada por uma presença maciça dos políticos nas redes sociais.

Ainda assim, as restrições no contato presencial foram menores do que o esperado. Muitos bandeiraços, comitês lotados e visitas às residências aconteceram. Algo tão tradicional no pleito das cidades, em especial nos municípios de pequeno porte.

O fato é que, aos poucos, a relação entre político e eleitor se transfere para o ambiente virtual, ambiente marcado pela polarização e pela desinformação. Seja qual for o viés ideológico, as redes sociais e a internet são um terreno fértil para o discurso de ódio e a disseminação de fake news.

A Justiça inclusive atuou em alguns fatos. Páginas foram retiradas do ar. Mas controlar as mensagens via whatsApp é impossível. O disparo informações inverídicas ocorreu em diversos momentos dessa campanha.
Não se trata de uma prática nova. Porém, havia um limite. A informação se disseminava lentamente; agora, se espalha como um raio, sem que se veja de onde veio e para onde vai.

A propagação de informações distorcidas, inverídicas ou fora de contexto impacta sobre as relações sociais, aumenta a polarização e interfere nas escolhas dos indivíduos.

Via de regra, a discussão política na internet separa qualquer possibilidade de entendimento. Não há mais diálogo, debate de ideias. Apenas ofensas e rotulagens. Nessa trocas de farpas, fica evidente o quão rasas estão às análises políticas de muitos eleitores.

Conhecer de política e ter uma opinião válida tem relação com pesquisa, leitura, reflexão, visão de mundo e empatia. É enxergar além do próprio umbigo.

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