saiba mais
Desaparecimento completa 9 dias e família oferece recompensa por informações Sumiço intriga a comunidade Desaparecimento completa três semanas sem avanços Desavença financeira foi o motivo do assassinato, acredita PC Após prisão de vizinho, polícia intensifica buscas ao corpo Justiça liberta suspeito e delegado deixa o caso Suspeito presta depoimento. Advogado alega inocência Polícia ratifica denúncia do MP e indicia Patussi MP alega ameaças e Patussi é preso Defesa de Carlos Patussi pede o fim da ação penal Família prepara homenagens e organiza ato por justiça Missa e protesto marcam sete meses de desaparecimento Velório simbólico e ato por justiça marcam despedida Escrivão relata suposta confissão de réu. Defesa nega Justiça interrompe processo por falta de provas “O que aconteceu com Potrich não ficará sem resposta” Defesa pede habeas de suspeito do homicídio de Jacir Potrich Para MP, Patussi asfixiou Jacir Potrich STJ absolve único suspeito do Caso PotrichUm dos casos policiais mais emblemáticos do Vale do Taquari completa dois anos nesta sexta-feira, 13. Desde 13 de novembro de 2018, quando Jacir Potrich foi visto pela última vez, até hoje, poucas perguntas foram esclarecidas sobre o desaparecimento do gerente bancário de Anta Gorda.
Nesse período de 24 meses, o dentista Carlos Alberto Weber Patussi foi a única pessoa apontada pelas autoridades policiais como suspeito do crime. Ele dividia um condomínio familiar no centro da cidade com Potrich e estava no local no dia em que o vizinho desapareceu.
Patussi virou réu em primeira instância e chegou a ser preso de forma provisória por duas vezes em 2019. No decorrer do processo, em maio de 2020, o Supremo Tribunal de Justiça (STJ) ratificou decisão do Tribunal de Justiça do RS e interrompeu a ação contra o dentista alegando falta de provas.
Com a inocência de Patussi, o mistério sobre o desaparecimento de Potrich aumentou ainda mais. A Polícia Civil de Anta Gorda e o Ministério Público (MP) de Encantado seguem colhendo informações sobre o caso, mas até o momento não há novidades.
“Não existe crime perfeito”
Conforme o promotor de Encantado, André Prediger, todas as linhas de investigação foram abertas após o fim do inquérito contra Patussi. Uma nova ação contra o dentista também é possível, caso haja novas provas que sustentem a abertura do caso.
Entre as demais possibilidades de investigação, Prediger cita hipóteses que surgiram ainda no início do caso como um possível sequestro frustrado ou ação criminosa envolvendo uma quadrilha do Centroeste do país.
O promotor mantém contato com familiares de Potrich e reconhece a indignação deles com a manutenção do mistério após dois anos. “STJ encerrou o inquérito que tinha aval de todos os profissionais envolvidos no caso, delegado, promotor e juíza. Mas não deu respostas sobre onde a pessoa que sumiu está”, se queixa.
Ao citar que “não existe crime perfeito”, o promotor acredita em uma solução para o caso “mais cedo ou mais tarde” e destaca que novas provas e depoimentos estão sendo colhidos para reabrir um novo inquérito quando houverem provas suficientes.
Relembre o caso Potrich
- 13 de novembro de 2018 – Jacir Potrich é visto pela última vez indo em direção ao quiosque do condomínio que dividia com Patussi.
- 23 de janeiro de 2019 – Patussi é preso em Capão da Canoa como o principal suspeito do desaparecimento de Potrich. Ele ficou encarcerado por uma semana.
- 11 de abril de 2019 – MP denuncia Patussi pelo homicídio triplamente qualificado e ocultação de cadáver do gerente de banco. No mesmo dia, Justiça de Encantado aceitou a denúncia e o dentista passou a ser réu. Entretanto a juíza Jacqueline Bervian negou o pedido de prisão preventiva.
- 26 de abril de 2019 – Patussi foi preso preventivamente por supostamente ameaçar familiares de Potrich. Encarceramento durou 48 horas.
- 30 de agosto de 2019 – Em decisão unanime de três desembargadores do Tribunal de Justiça, o processo foi interrompido. Na decisão, os desembargadores afirmam que as circunstâncias são frágeis para que se considere a possibilidade de que Patussi seja o autor do homicídio.
- 9 de junho – Familiares organizaram uma missa e enterro simbólico de Potrich. Em forma de protesto, uma caminhada silenciosa foi realizada até o condomínio onde ele foi visto pela última vez.
- 11 de maio de 2020 – Decisão do Superior STJ inocentou Patussi e encerrou a ação contra o dentista e único suspeito apontado pelas autoridades policiais e MP.