“Não importa a profissão, mas a dedicação e o amor que você aplica”

Abre aspas

“Não importa a profissão, mas a dedicação e o amor que você aplica”

Graduado em música pela Universidade Federal de Santa Maria (UFSM), o baterista da banda Feitoria, Tiago Rissinger Pedron, 39, é mais conhecido artisticamente como Tiago Finório

“Não importa a profissão, mas a dedicação e o amor que você aplica”
Vale do Taquari

Graduado em música pela Universidade Federal de Santa Maria (UFSM), o baterista da banda Feitoria, Tiago Rissinger Pedron, 39, é mais conhecido artisticamente como Tiago Finório. Durante a pandemia, intensificou a produção de conteúdo online, onde dá aulas de percussão e conversa com outros profissionais sobre o universo da música.

• Quando a música entrou na tua vida?

Desde muito pequeno a música esteve presente na minha vida. Nunca vou me esquecer quando ouvi aquele a entrada de Another Brick in the Wall, do Pink Floyd, nos discos dos meus tios. Meu pai começou a fazer aulas de violão e eu ia junto. Depois, ele comprou um teclado e nele aprendi as primeiras melodias. Numa aula de música do Ceat, toquei a melodia de “Asa Branca”, do Luiz Gonzaga para a professora Rovena e ela se mostrou muito admirada com meu feito. Aquilo mexeu muito comigo. Sabe quando você se emociona com algo realizado com seu próprio esforço? Uma mistura de sentimentos bons que eu estava disposto a sentir para sempre. Acho que foi naquele momento que a música entrou de vez na minha vida.

• Como a teoria musical auxilia no desenvolvimento intelectual e humano?

Sou um amante declarado de teoria musical. Compreender todos aqueles símbolos colocados numa partitura me traz uma satisfação enorme. É na partitura que o músico coloca seus sentimentos, angústias, desejos de tocar a alma das pessoas ou a própria alma. Eu me sinto na obrigação de alfabetizar musicalmente os meus alunos. Assim eles compreendem por completo o que estão tocando. Então, intelectualmente estão se desenvolvendo também. Tem um momento em que você não quer mais ouvir alguém contando histórias para você. Quer sozinho ler o que deseja. E isso é possível quando a teoria musical é compreendida. Independência é a palavra que define esta etapa.

• Quando começou a ensinar?

Já tive experiência com outros empregos em diversas áreas, mas lecionar admito que sempre foi um desejo que me acompanhou. Hoje, não me vejo mais fazendo algo que não esteja ligado à música. Não importa a sua profissão mas a dedicação e o amor que você aplica nas suas atitudes em prol do seu crescimento. Comecei a ensinar quando tinha 18 anos. Primeiro, dando dicas aos amigos que também tocavam bateria. Depois de um tempo, isso despertou uma vontade de querer tornar profissional. Entrar na faculdade de música foi o caminho que eu escolhi.

• Você já produzia vídeos para internet antes da pandemia?

A pandemia me fez subir alguns degraus em relação à produção de conteúdo para internet. Este não é o meu foco. Mas tenho consciência de que a internet pode levar nosso trabalho a lugares que pessoalmente não seria possível. Na internet você pode inspirar e ser inspirado constantemente. O primeiro passo foi lançar cursos on-line, onde exponho uma série de exercícios. Também comecei um projeto chamado “Papo de Batera”. Em lives no Instagram, conectamos os bateras gaúchos e do Vale do Taquari.

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