Faltam quatro dias e quatro noites para as eleições. E em Estrela, discute-se mais sobre “pesquisas” do que propriamente “propostas”. Muitos perderam o foco. Na segunda-feira, vereadores usaram a tribuna da Câmara para tratar sobre o tema. Houve crítica indireta aos candidatos que contrataram, por conta própria, pesquisas eleitorais. E isso também pode gerar repercussão. Afinal, o plenário da câmara, e leia-se a máquina pública, não deve ser utilizado para avaliar ações de candidatos. Não é essa a função de um legislador. Para muitos, isso pode configurar abuso de poder político.
De acordo com o Glossário Eleitoral, o abuso do poder político ocorre nas situações em que o “detentor do poder se vale de sua posição para agir de modo a influenciar o eleitor”. É tudo uma questão de interpretação, eu sei. E é preciso avaliar, também, a eventual boa intenção do parlamentar. Mas nesse momento de tensão pré-eleitoral, cada vereador deve se ater aos atos legislativos e deixar as suposições e denúncias para os militantes. Afinal, o plenário da câmara não pode e não deve servir de palanque em um momento tão crucial da nossa democracia.
Pesquisa em Teutônia
O duelo pela prefeitura de Teutônia deve seguir a mesma tônica das últimas eleições: muito equilíbrio. O atual prefeito Jonatan Brönstrup (PSDB) está empatado com o Professor Celso Forneck (PDT) em todas as menções. Aliás, o pedetista leva uma breve vantagem na Menção Estimulada, com e sem os votos em branco e os indecisos. Da mesma forma, a terceira via, de Ariberto Magedanz (PP), alcança os adversários dentro da margem de erro na Menção Estimulada.
Pesquisa em Teutônia II
O resultado é muito semelhante à primeira pesquisa realizada no município, e divulgada no dia 15 de outubro. O cenário mudou pouco nesses 27 dias. Mudou pouco, inclusive, na análise dos eleitores indecisos. Neste período, foram realizados diversos debates e até mesmo uma sabatina com os três candidatos. Mesmo assim, o eleitor parece imutável naquela cidade que possui forte tradição germânica. E o resultado, tal como em Arroio do Meio, será decidido “no detalhe”.
Gastos em Arroio do Meio
A coligação Arroio do Meio para Todos (MDB, PT, PTB, DEM e PSL) já contratou R$ 43 mil em despesas. Ainda de acordo com o site do TSE, o grupo capitaneado pelo candidato à reeleição Klaus Schnack (MDB) já arrecadou R$ 31,9 mil. O principal doador é José Carlos Dolphine, ex-presidente da Cooperativa dos Cotonicultores de Campo Verde (Cooperfibra), no Mato Grosso. Ele repassou R$ 10 mil. Logo depois aparece o próprio prefeito, que repassou R$ 9 mil para a campanha.
Gastos em Arroio do Meio II
A coligação Juntos para Renovar e Inovar (PP, PDT e Republicanos) já contratou R$ 23,3 mil em despesas. E conforme o site do TSE, o grupo capitaneado pelo candidato e ex-prefeito Danilo Bruxel (PP) já arrecadou R$ 34,3 mil. O principal doador é Roque Kerbes, com R$ 20 mil, seguido de Valdecir Leandro Crecencio, com R$ 10,5 mil. Bruxel também aparece na lista de doadores. De acordo com os dados divulgados no site, até o momento ele gastou R$ 1 mil para a campanha.
Fiscaliza Lajeado
Na sessão plenária de ontem, o vereador Ildo Salvi (PSDB) pediu a abertura de uma CPI para averiguar as informações repassadas pela colega tucana, Mariela Portz (PSDB), essencialmente sobre a página “Fiscaliza Lajeado”. Na sessão passada, a vereadora anunciou o nome do criador do espaço virtual no Facebook, o assessor parlamentar Lucas Ahne, que está lotado no gabinete do vereador Sérgio Kniphoff (PT). Salvi quer verificar se houve uso da máquina pública no abastecimento da página criada no Facebook, ou se as postagens ocorreram em horário de expediente. O tucano busca apoio de colegas para abrir a comissão.
Primeiro compromisso
O prefeito (a) eleito (a) de Lajeado já tem o primeiro compromisso agendado. Será durante a tradicional Reunião-Almoço da Associação Comercial e Industrial de Lajeado (Acil). O encontro ocorre na próxima quarta-feira, a partir das 11h45min. Na oportunidade, o vencedor ou a vencedora do pleito terá a oportunidade de apresentar o plano de gestão para 2021/2024.
Auxílio emergencial
Sobre a lista divulgada pelo Tribunal de Contas da União (TCU), às vésperas das eleições, com o nome de candidatos que possuem patrimônio superior a R$ 300 mil e receberam Auxílios Emergenciais, é preciso fazer uma ressalva. O fato, claro, é utilizado nos bastidores desde sexta-feira – data da divulgação da lista – para atacar os postulantes que constam na temida lista. E há nomes do Vale, claro. Mas o risco de uma injustiça é grande. O próprio TCU deixa claro que “os resultados são apenas indícios de renda incompatível com o auxílio”, que “há risco de erro de preenchimento pelo candidato”, e que “há risco de fraudes estruturadas com dados de terceiros”.
Compromisso com a Polar
Em Estrela, apenas os dois candidatos ainda não assinaram a Carta Aberta de Compromisso criada pelo Grupo Rua da Praia. O documento cobra o reconhecimento do “valor patrimonial do antigo complexo fabril da Polar e seu indissociável entorno paisagístico” por parte dos postulantes, e sugere ações para aproveitar o local.
