Johnson assume como juiz corregedor na próxima semana

Judiciário

Johnson assume como juiz corregedor na próxima semana

Após 10 anos à frente do Judiciário de Lajeado, magistrado deixa a comarca para atuar em Porto Alegre

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Johnson assume como juiz corregedor na próxima semana
Sala do Cejusc no Fórum, para aplicação de técnicas de solução de conflito por meio da mediação, foi uma das conquistas do juiz (Foto: Laura Mallmann)

Após 10 anos de trabalho na Justiça de Lajeado, o juiz de Direito Luís Antônio de Abreu Johnson, 56, foi promovido para o Tribunal de Justiça do Rio Grande do Sul (TJ-RS), em Porto Alegre. Ele foi convidado a atuar na função de juiz corregedor com gestão, planejamento, administração, controle e fiscalização para manter a regularidade dos serviços judiciários.

Com 40 anos como servidor no poder Judiciário e 17 de magistratura, Johnson pretende levar os trabalhos de sucesso desenvolvidos na região para aplicar em nível de estado. “Vou para o novo desafio para mostrar o que já se faz aqui na região e para descobrir novas técnicas para serem executadas em todo estado”, revela.

O magistrado se sente desafiado para a nova função. “Vou utilizar a inteligência e a experiência para contribuir. O que estiver ao meu alcance, pretendo resolver”, explica.

Conquistas para a região

Depois de uma década de atuação no município, o juiz se diz com a sensação de dever cumprido pela atuação. Ao elencar as principais conquistas para a região, o magistrado cita a construção comunitária do Presídio Feminino como destaque. Conforme ele, a União e o Estado não tiverem interesse em construir a casa prisional, que só foi possível com apoio de empresas e pessoas da comunidade. “No mês que vem ele completa cinco anos cumprindo o seu papel de ressocialização. Unimos educação, trabalho e disciplina interna”, reforça.

Outro marco na trajetória foi à instauração de novas técnicas de solução de conflito com a mediação de um não-juiz, por meio do Centro Judiciário de Solução de Conflitos e Cidadania (Cejusc). “A mediação já é consolidada na região, onde temos 42 profissionais qualificados para atuar nesse setor”, avalia.

Conforme Johnson, o acordo por meio da mediação é solicitado pelos advogados, pois um acordo é sempre melhor que uma sentença. “No acordo, os dois lados ganham. Numa sentença, um perde e outro ganha”, argumenta.

O magistrado cita também a Justiça Restaurativa, por meio do Pacto Lajeado pela Paz. Uma metodologia de Círculos de Construção de Paz Não Conflitivos que promove melhores relacionamentos para minimizar as situações de conflitos nas comunidades, escolas e famílias, explica. “São mais de 300 facilitadores formados para administrar conflitos, seja em ambientes familiares, escolares ou empresariais. Lajeado é o maior polo de justiça restaurativa no estado”, destaca.

Johnson se diz orgulhoso por conseguir implantar novas técnicas de solução de conflito na região.

“Lajeado me ensinou a viver em comunidade”

Apesar de não ser natural de Lajeado, Johnson diz ser adotado pelo município. Em 2015, foi reconhecido pela Câmara de Vereadores como cidadão lajeadense. “Lajeado me ensinou a viver em comunidade. Convivi com todas as classes, desde associação de bairros até a universidade. Vou manter duplo domicílio, em Lajeado e Porto Alegre”, revela.

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