A vacina

Opinião

Rodrigo Martini

Rodrigo Martini

Jornalista

Coluna aborda os bastidores da política regional e discussão de temas polêmicos

A vacina

Por

Vale do Taquari

A obrigatoriedade ou não de tomar a vacina contra a covid-19 domina os debates, tal como ocorrera com a cloroquina, meses atrás. Estava previsto. Em um primeiro momento, é difícil compreender as alas contrárias, especialmente diante de uma realidade recheada de “lockdown”, isolamento social, fechamento de empresas e afins. Mas o gigantesco impacto causado pelo novo coronavírus é capaz de cegar até mesmo o mais ferrenho dos liberais, tudo em função da ânsia de defender um fim rápido para essa pandemia que insiste em nos assolar. Mas o buraco é mais embaixo.

O assunto é complexo e debates assim são históricos. Sou contra a obrigatoriedade. Mas sou a favor de medidas rígidas que, de uma forma ou outra, incentivem ao máximo a imunização coletiva. Já existem – ou já existiram – políticas públicas neste sentido. Muitos países cobram, por exemplo, o Certificado Internacional de Vacinação e Profilaxia – vamos chamar ele de CIVP, ok? –, um documento comprobatório de que o viajante tomou as vacinas exigidas pelo país em questão. Na América do Sul, a vacina contra a Febre Amarela costumava ser uma dor de cabeça para quem buscava cruzar a maioria das fronteiras.

Muitos países seguem cobrando a vacina contra a febre amarela, ou contra Difteria, tétano e poliomielite. Ou seja. Você não é obrigado a tomar a vacina, mas enfrentará restrições ao rejeitá-la. Voltando ao novo coronavírus, muitos países desenvolvidos já realizam triagens semelhantes. Muitas nações cobram, dos visitantes, a apresentação de exames recentes de covid-19 para só então autorizar a entrada no país. E eu pergunto. Será que isso será estendido à vacina? E será que a vacina também será uma condicionante para o acesso a empregos ou ambientes públicos e privados?


Frente a frente

Diego de Castro (DEM) foi o 5º quinto candidato a prefeito de Estrela sabatinado no programa Frente e Verso. O policial rodoviário federal licenciado está fascinado com a campanha. Visivelmente, entrou no jogo para colocar fogo na partida. Ou melhor, para incendiar o vespeiro. Ele coloca o “dedo na ferida”. Fala abertamente sobre os excessos de cargos comissionados e indicações políticas em detrimento aos profissionais técnicos, e promete uma revolução. À Direita, claro.


Frente a frente II

O candidato estava armado no estúdio. E em seu espaço no programa eleitoral gratuito, utiliza o som das armas de fogo para iniciar a conversa. É assumidamente a linha mais “Bolsonarista” nesse pleito. Chegou acompanhado do coordenador regional do DEM, Felipe Diehl. Ambos parecem bem alinhados. E Diego de Castro parece, acima de tudo, um sujeito impávido. Prometeu mundos e fundos. E garante ter as chaves da porta de Brasília para cumprir suas aventurosas promessas.


De olho nos vices!

O prazo para as coligações alterarem as chapas para a majoritária se encerra na próxima segunda-feira, dia 26. Estratégias novas, descréditos, pesquisas internas e até ameaças de ações judiciais mexem com a cabeça de muitos “caciques” partidários. De concreto, nada. E as fumaças mais aparentes devem mesmo se espraiar com o vento. Mas não são poucas as especulações. Há quem diga, inclusive, que haverá mudança em pelo menos uma cidade às margens da BR-386.


Tolerância e anonimato

O anonimato é necessário. Denúncias anônimas, todos sabem, são fundamentais para a investigação de crimes, desvios de condutas ou atos ilícitos conta a administração pública, por exemplo. Mas é infantil utilizar o anonimato para o exercício de debater ideias. É patético se esconder atrás de um perfil falso para debater política ou criticar candidatos. E não faltam exemplos em Lajeado!


Pesquisa em Encantado

A vantagem de Adroaldo Conzatti (PSDB) sobre Enoir Cardoso (PP) surpreendeu. Na espontânea, chega a 16,2% (o tucano vence por 39,4% a 23,2%). Já na menção estimulada, a vantagem é ainda maior: 47% a 28,9%. São índices que diferem e muito dos últimos dois pleitos municipais, por exemplo. Em 2012, Paulo Costi (PP) venceu Baixinho Orsolin (MDB) com uma vantagem de 0,9%. Quatro anos depois, foi a vez de Conzatti – aliado ao PP – vencer Orsolin nas urnas, desta vez com uma vantagem de aproximadamente 5%. Afinal, o que efetivamente mudou no pleito de 2020?


Mancha em Santa Clara do Sul

O Grupo A Hora abriu a redação para realizar mais de três dezenas de debates e assim contemplar o leitor/ouvinte com as melhores informações. Infelizmente, há bons e maus exemplos pelo Vale do Taquari afora. A grande maioria dos municípios esteve representada por todos os candidatos. Mas, lamentavelmente, outras não tiveram esse privilégio. Muitos candidatos deixaram o concorrente falar sozinho aos microfones. Já em Santa Clara do Sul, a situação é ainda mais embaraçosa. O acordo pelo silêncio foi mútuo. Por lá, as duas coligações acordaram e decidiram não participar.


Educação para Teutônia!

Os três candidatos a prefeito de Teutônia demonstram preocupação com a educação infantil em seus respectivos Planos de Governo. Ariberto Magedanz (PP) promete “zerar o déficit de vagas nas escolas educação infantil, através da construção de novas escolas e ampliação das escolas já existentes”. Já o atual prefeito Jonatan Brösntrup (PSDB) sugere “manter o pagamento integral das vagas nas Escolas Comunitárias de Educação Infantil”, e “melhorar condições de aquisição de vagas para Educação Infantil, e proporcionar transparência na seleção de candidatos. Por sua vez, Celso Forneck (PDT) garante que vai ampliar a “oferta de vagas para garantir o acesso à Educação Infantil a todas as faixas etárias, preferencialmente em suas localidades”, além de qualificar a estrutura das escolas.


Sabatinados

O Teatro da Univates reabriu ontem para a sabatina do Fórum das Entidades com os três candidatos a prefeito de Lajeado. E logo na apresentação, um resumo da campanha até o momento: Marcia Scherer (MDB) atacando Marcelo Caumo (PP), Caumo se esquivando das alfinetadas, e Daniel Fontana (PSB) tentando falar sobre tecnologia. Ao fim de tudo, poucas propostas concretas. De novo!

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