O candidato Comandante César (MDB) concedeu na quarta-feira, 21, entrevista ao programa Frente e Verso, da Rádio A Hora 102.9. Ele apresentou seus principais projetos para a cidade nos próximos quatro anos e garantiu autonomia em relação ao atual prefeito, Rafael Mallmann, do mesmo partido.
Nesta quinta-feira, 22, é a vez do candidato Policial Diego de Castro (DEM). As entrevistas vão ao ar no programa Frente e Verso, das 8h10 às 10h.
Quais suas principais características?
Sou novo, iniciando na vida política. Não fui candidato nem para síndico de prédio. Sou Comandante César, 52 anos, trabalhei 31 anos e meio na Brigada Militar. Sou filho e neto de brigadianos, está no sangue. Nasci em Santa Maria. Com oito anos, mudamos para Porto Alegre. Fiz minha carreira lá. Minha esposa é de Estrela. Me apaixonei pela cidade. Em 2018, me aposentei. No ano passado, recebi a visita do prefeito Rafael [Mallmann], que me convidou para ser o sucessor.
O senhor está conectado ao atual prefeito Rafael Mallmann. Como vai se dar essa troca?
Não vou aceitar uma ingerência. Se estou me candidatando a prefeito, vou trabalhar com o grupo que eu escolher. Nem na Brigada eu aceitei isso. Fui convidado, o ciclo do Rafael está acabando e inicia-se um novo ciclo. Com novas pessoas. É preciso ter humildade de reconhecer o que foi feito de bom nesses oito anos e, a partir daí, criar as tuas coisas. Será um governo construído em conjunto, com muito diálogo e participação, mas com decisão do prefeito. Vai ser o meu governo.
Você propõe redução de secretarias e CCs. Quais secretarias serão extintas?
Estimamos de 30% a 40% dos CCs extintos. Temos 80 hoje. A Secretaria de Administração será junto com a Fazenda, Planejamento com Meio Ambiente, e Cultura com Esporte. Três secretarias a menos. Só dos salários dos secretários, é uma economia de R$ 500 mil por ano. Com esse valor, podemos iniciar a revitalização das calçadas ou reverter para a agricultura.
É preciso ter humildade de reconhecer o que foi feito de bom nesses oito anos e, partir daí, criar as tuas coisas. Será um governo construído em conjunto, com muito diálogo e participação, mas com decisão do prefeito. Vai ser o meu governo.
Como o senhor encaminhará o assunto do Porto de Estrela em seu governo?
Surgiram muitos pais para o porto. Não foi só mérito do atual prefeito, foi um esforço grande, feito em conjunto, inclusive com outros candidatos. É uma conquista da cidade. Temos que fazer um distrito industrial. Tenho visitado várias empresas em Estrela, que estão crescendo e não têm espaço físico.
Qual sua proposta para o setor primário?
É um setor que não teve atenção merecida. O setor primário é o que mais cresce em Estrela, dá um retorno de 30% ao município. Temos cada vez mais produtores e eles precisam de ajuda, de um carinho. Teremos um secretário que os nomes serão fornecidos pelos agricultores. Mas não adianta ficar só no campo, porque ele é um gestor. Não adianta só dar botas, tem que dar condições e uma caneta boa, para ele cuidar das duas partes.
Como garantir a todos uma vaga na creche?
Tivemos no último ano, mais de 400 nascimentos. Não existe solução mágica a não ser construção de creche. Temos bairros que têm necessidade urgente, como o Boa União e o Nova Morada, que é um bairro novo, distante de tudo, com muitas crianças. Temos o compromisso de fazer lá uma creche.
Qual sua proposta para a segurança?
Precisamos de uma Defesa Civil forte. A Guarda Municipal, pensamos em ter dez guardas, hoje eles têm poder de polícia. O Governo Bolsonaro possibilitou que cidades como Estrela, que tem 34 mil habitantes, podem ter guarda armada. O comandante da BM e o dos Bombeiros se formaram comigo. Através desse relacionamento pessoal, trazer mais brigadianos e formar patrulhamento rural. Atender só o interior.
Por que o eleitor estrelense deve votar em você?
Para chegar a coronel, fui preparado para a gestão pública. Tenho o vice mais empreendedor. Peço que as pessoas olhem para a renovação. São sempre os mesmos candidatos. O Brasil está mudando, precisamos mudar também e eu me proponho a fazer essa mudança. São 32 anos de brigada que não posso estragar. A comunidade pode contar com a gente.
