Custo para reformas e sinalização ultrapassa R$ 30 milhões

Rodovias da região alta

Custo para reformas e sinalização ultrapassa R$ 30 milhões

Levantamento do Daer para estradas de Ilópolis, Arvorezinha, Nova Bréscia, Encantado e Putinga confirma precariedade das rodovias estaduais. Sem dinheiro suficiente para todas as melhorias, será feito o recapeamento nos trechos mais críticos. Estimativa é que obras comecem dentro de duas semanas

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Custo para reformas e sinalização ultrapassa R$ 30 milhões
Levantamento de associações comerciais mostraram degradação nas estradas. Daer acredita que, em duas semanas, piores trechos tenham troca de asfalto (Foto: Divulgação)
Vale do Taquari
Gustavo Adolfo 1 - Lateral vertical - Final vertical

Após reivindicação de entidades empresariais, dos poderes públicos municipais e da comunidade da região alta do Vale do Taquari, o Departamento Autônomo de Estradas de Rodagem (Daer) elaborou um inventário sobre as necessidades de obras e de sinalização nas ERS-332 (entre Encantado e Arvorezinha), ERS-435 (Ilópolis e Putinga) e na ERS-425 (Encantado e Nova Bréscia).

Pelo levantamento, para fazer as melhorias necessárias na pavimentação e na sinalização, seriam necessários mais de R$ 30 milhões. Frente à impossibilidade orçamentária para todos os serviços, estão previstas melhorias pontuais, com recapeamento asfáltico.

Conforme informações do Daer, a assinatura da ordem de serviço ocorre na próxima semana. Assim, as obras começam na primeira semana de novembro. Pelo cronograma, foram liberados cerca de R$ 1 milhão para o trecho entre Putinga e Ilópolis e o mesmo valor para a ligação de Encantado a Nova Bréscia.

Cobrança regional

Em agosto, a Câmara da Indústria e Comércio do Vale do Taquari (CIC-VT) entregou à Secretaria Estadual de Transportes uma carta em que reforça a cobrança sobre investimentos em manutenção na região alta.
Esse movimento ganhou força após levantamento das Associações Comerciais. Pela análise das entidades, as estradas apresentam desníveis, buracos, falta de sinalização, o que aumenta o risco de acidentes e de prejuízos aos motoristas.

No trecho de Ilópolis, empresários fizeram um levantamento fotográfico do trecho. Há buracos com 40 centímetros de profundidade com um metro de diâmetro. Pela avaliação da presidente da ACI do município, Luzia Carlesso, o comércio tem sofrido com o aumento dos gastos com logística.

“Acompanhamos as dificuldades enfrentadas pela comunidade regional em função das péssimas condições das rodovias. Por isso nos mobilizamos a fim de estabelecer um cronograma de manutenção”, afirma o presidente da Câmara da Indústria e Comércio da região (CIC-VT), Ivandro Rosa.

Fim da EGR

Outra cobrança da região diz respeito ao andamento do processo de concessão. As ERSs 129, 130 e 453 passariam para a gestão privada. Antes da chegada da covid-19, havia a perspectiva de lançar os projetos executivos neste ano, inclusive com abertura dos leilões. O avanço da doença obrigou uma revisão nos prazos. A expectativa é que esse estudo seja apresentado à comunidade entre janeiro e fevereiro de 2021.

Pela análise do governo, não é viável lançar um único modelo para substituir com agilidade os mais de 700 quilômetros mantidos pela EGR, pois trechos com alto fluxo e alta rentabilidade teriam diversas interessadas enquanto rodovias com menor potencial econômico seriam deixadas de lado. O ideal seria unir trechos rentáveis com outros de menor movimento, como uma forma de equilibrar o interesse das concessionárias.

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