“É extremamente possível, viável e necessária uma virada”

Eleições 2020

“É extremamente possível, viável e necessária uma virada”

Daniel Fontana participou de sabatina na quinta-feira, 15, na Rádio A Hora 102.9. Candidato apresentou suas principais propostas e defendeu o conceito de uma Lajeado 4.0.

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“É extremamente possível, viável e necessária uma virada”
(Foto: Ezequiel Nietzke)
Lajeado

O candidato Daniel Fontana (PSB) concedeu na quinta-feira, 15, entrevista ao programa Frente e Verso, da Rádio A Hora 102.9.

Ao longo de uma hora de conversa, Fontana apresentou seus principais projetos para a cidade nos próximos quatro anos e defendeu sua ideia de um governo digital. Modernização de processos, mobilidade urbana e tratamento de esgoto estiveram entre os temas abordados.

Fontana encerrou o ciclo de sabatinas com os três candidatos à prefeitura de Lajeado. Hoje, iniciam as entrevistas com os postulantes ao Executivo de Estrela. O primeiro candidato é Paulo Argeu Fernandes (PDT). As sabatinas são realizadas no programa Frente e Verso, que vai ao ar pela Rádio A Hora 102.9, das 8h10 às 10h.

Candidato do PSB, Daniel Fontana participou ontem de sabatina na Rádio A Hora 102.9 (Foto: Ezequiel Nietzke)

A Hora – Quais suas principais características, para o eleitor lhe conhecer melhor?
Daniel Fontana – Eu tento me corrigir e melhorar a cada dia. Sou daquele propósito: para tentar melhorar o mundo, primeiro tem que melhorar a si mesmo. Sou um obstinado, gosto de inovação. Sou sagitário, isso pode explicar muito para muitas pessoas, sempre com a disposição de viagens, de busca de aventura, de buscar o novo. Sou um motivador e um motivado pelas coisas do dia a dia e pelos avanços que a gente pode construir.

“Se discute muito questões filosóficas e teóricas, nós temos que ver a prática. O cidadão precisa ser bem atendido, ter sua contraprestação pelo imposto que paga. Independente das linhas filosóficas, se o estado não estiver presente, as pessoas passam extrema dificuldade.”

Em relação à abertura de novas empresas, o que pode ser feito para desburocratizar?
Semana passada conversei com uma pessoa que precisava de uma certidão na prefeitura de Santa Clara do Sul e em 20 minutos ela estava com a certidão na mão. Uma certidão na prefeitura de Lajeado demora duas semanas e tem que pagar uma taxa. Um governo digital é um governo que funciona, que tem a transparência. Não estamos criticando nem A nem B, mas o sistema. Precisamos modernizar o sistema. A gente quer que essas modernidades adentrem na prefeitura e façam parte de todos os cidadãos dessa cidade.

Qual sua proposta para a ampliação das vagas em creches?
Qual a vantagem de um governo digital? Você tem um mapeamento de todas as necessidades, cria banco de dados. Precisamos saber quem são essas 500 crianças, onde elas estão, qual a perspectiva.
Vejo três alternativas. Primeiro, é construção de creches, é um processo lento, caro e de um planejamento que não vai ser feito em poucos dias. Segundo, compra de vagas, vem sendo feito pela administração, mas não vem sendo suficiente e eficiente. Mas tem um terceiro caminho que eu vejo como grande possibilidade que é uma parceria público-privada com uma entidade que vá construir e o município acaba bancando. Isso é possível. O município acaba terceirizando.

O que o seu governo propõe para ampliar o tratamento de esgoto na cidade?
Tema que evoluiu muito, é uma das pautas globais. A gente passou pela pandemia e saneamento é fundamentalmente linkado com a saúde. Doenças, e até mesmo óbitos, acabam diminuindo quando se tem tratamento de esgoto. Tivemos um avanço na legislação que é o marco do saneamento, que tem como destino alavancar o tratamento de esgoto em todo o país. Tem uma previsão que até 2033, 90% do esgoto seja tratado em todo o país. Isso que é interessante, se tem um plano ele tem que ser executado.

Lajeado já ficou para trás. Temos um contrato com a Corsan. A empresa definiu cinco regiões para fazer o tratamento no primeiro momento e Lajeado ficou fora. Eu vejo como uma possibilidade muito grande de um novo ciclo de crescimento. Imagina R$ 1 bi sendo investido em Lajeado, é praticamente 4 orçamentos do município tratados só num ano. A cidade vai virar um canteiro de obras. Vamos ter uma dificuldade muito grande, mas vamos colocar Lajeado em outro patamar de qualidade de vida. O sistema atual não é viável, o esgoto precisa ser tratado.

Como você pensa a máquina pública?
Ela tem que ser eficiente, tem que atender o cidadão. Não tem que ser nem máxima nem mínima. Se discute muito questões filosóficas e teóricas, nós temos que ver a prática. O cidadão precisa ser bem atendido, ter sua contraprestação pelo imposto que paga. Independente das linhas filosóficas, se o estado não estiver presente, as pessoas passam extrema dificuldade. A pandemia demonstrou que o estado precisa estar presente e que onde o estado está presente é possível o crescimento, o desenvolvimento. O estado tem esse papel regulador.

Quais suas principais propostas para mobilidade urbana?
A gente tem que transformar a cidade para as pessoas. As pessoas têm que ser o centro, o motivo pelo qual a cidade se preocupa tem de ser as pessoas. O que pode alavancar a mobilidade é o uso da tecnologia mais uma vez. Ontem, divulgamos um case de Joinville (SC), onde foi feita parceria com o Waze, as pessoas se conectaram e foi possível demonstrar quais são os principais gargalos da mobilidade e o que pode ser feito para melhorar.

Quero que Lajeado seja referência na inovação e na tecnologia na América Latina. A gente pode fazer isso, porque temos a universidade, empresas cada vez mais disponíveis e a administração pública, se entrar nessa mesma “vibe”, como se diz, vamos conseguir transformar Lajeado em ponto de referência da tecnologia na América Latina.

Na primeira pesquisa, você aparece na terceira posição, bem atrás do primeiro colocado. Até que ponto você acredita em uma virada?
Eu acredito numa virada fundamentalmente pelas coisas que a gente tem visto na rua, o encantamento que as pessoas têm com as nossas propostas. Acho que a eleição ainda não está fazendo parte das pessoas, está começando agora. As pessoas estão nos conhecendo, se sentindo parte desse processo. É extremamente possível, viável e necessária uma virada. Ou a gente entra nesse processo de modernização, de Lajeado 4.0, ou a gente vai ficar fazendo as mesmas coisas que a gente sempre fez. Quando a gente faz as mesmas coisas, o resultado é sempre o mesmo.

A questão da tecnologia não é só da prefeitura, a gente tem que transformar isso aqui num polo de criação e produção de tecnologia para trazer investimentos para cá. Para produzir riqueza e trazer riqueza para cá. A construção civil foi um ciclo muito importante, trouxe muitos recursos externos. Se a gente tiver um fomento à construção de empresas de tecnologia, pode estar vindo muito recurso para Lajeado.

Qual deve ser o foco do próximo governo de Lajeado?
O foco tem que ser as pessoas. A gente tem que sempre trabalhar para as pessoas. Temos que desburocratizar. Em relação à saúde, por exemplo. Só para termos uma ideia, no mês de fevereiro, a UPA atendeu oito mil pessoas, ou seja, 10% da população passou pela UPA. Tem problema. A saúde efetivamente não funciona. Precisa ser melhor trabalhada, a gente precisa ter estes dados, saber quem são essas pessoas.

Para finalizar, por que você deve ser prefeito de Lajeado?
Eu devo e quero ser o prefeito de Lajeado por representar ideias, por representar propostas, uma nova Era, um conjunto de idades de inovação conectadas ao século XXI. O mundo mudou, as pessoas mudam e é importante que os políticos tenham outras formas de pensar. Eu quero se cobrado, ser pressionado pela comunidade, mas quero ser extremamente parceiro da população. Quero que essa cidade seja orgulho para todos nós.

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