Planos para Estrela

Opinião

Rodrigo Martini

Rodrigo Martini

Jornalista

Coluna aborda os bastidores da política regional e discussão de temas polêmicos

Planos para Estrela

Por

Lajeado
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O debate entre os candidatos a prefeito de Estrela deixou lacunas naturais. Por conta disto, e também em função de alguns discursos efusivos acerca do uso e reaproveitamento do Porto Fluvial instalado às margens do Rio Taquari, eu fui verificar os Planos de Governo protocolados no Tribunal Superior Eleitoral (TSE). E fiquei surpreso. Dois postulantes sequer citaram o porto no referido documento. E os adversários apresentaram propostas sem sal. É preocupante!

O candidato Comandante César (MDB), por exemplo, sugere “fomentar a utilização econômica da área portuária”. E só. No plano de governo de Eduardo Wagner (PSL), mais detalhes. Mas nada de concreto. Ele sugere “estimular a utilização da infraestrutura do porto fluvial para instalação de empresas que tiverem interesse, dando apoio para as atividades das mesmas, promovendo o desenvolvimento logístico da região, gerando empregos e receita”. Já o pedetista Paulo Argeu Fernandes também foi breve. “Utilização do Porto de Estrela para instalação de empresas”, cita.

O Policial Diego de Castro (DEM) segue a mesma tônica utilizada no debate. Ele provoca. “Vamos trabalhar para que o Porto de Estrela seja o Porto de Estrela. Que seja uma fonte de riqueza para o Vale do Taquari e que dê empregos de qualidade para nossa gente. Chega do pessoal sucatear o Porto. O Porto não é local para ser Secretaria de Obras ou promoção de festas. Vamos colocar gente séria para organizar o local.”

Por sua vez, o atual vice-prefeito e candidato pelo PL, Valmor Griebeler, foi breve no documento protocolado junto ao TSE. “Utilizar o Porto como indutor de geração de emprego e renda”, cita. Já os candidatos Elmar Schneider, do PTB, e Denise Goulart, do PT, não citam o porto em seus respectivos planos de governo. O assunto, porém, precisa ser intensamente debatido. As poucas propostas estão “sem sal”. São mornas. E o próximo gestor precisa saber o que fazer com o complexo de 44 hectares. Afinal, a municipalização aumenta as responsabilidades e oportunidades.


Comitês em Lajeado

Em Lajeado, os comitês das coligações do PP/PSDB/PL/PSL e do PSB/PODEMOS já foram inaugurados dias atrás. Nessa sexta-feira, foi a vez do MDB inaugurar o seu espaço, localizado na Av. Benjamin Constant, em frente ao Posto Faleiro. No ato de inauguração do local, a candidata Márcia Scherer concedeu uma coletiva de imprensa para apresentação do Plano de Governo. Os outros espaços estão, respectivamente, na Av. Alberto Pasqualini, ao lado do Kikão Lanches, e na mesma Av. Alberto Pasqualini, na esquina com a rua Washington Luís, no bairro São Cristóvão.


Plano Diretor

Nessa sexta-feira, dia nove de outubro, o governo de Lajeado divulgou no Diário Eletrônico do município a instituição do novo Plano Diretor. Após dezenas de reuniões, audiências públicas, emendas, vetos e discussões, o documento que é debatido desde 2017 está sancionado.


Outro bom debate!

Tal como o encontro dos candidatos de Arroio do Meio, foi bom o debate entre os três candidatos a prefeito de Teutônia. O atual prefeito Jonatan Brönstrup (PSDB) parece manter um duelo mais pessoal com o professor Celso Forneck (PDT). Ambos duelaram em 2016, com a vitória do tucano por 694 votos. Mas o progressista Ariberto Magedanz (PP) não está disposto a ser coadjuvante. Pelo contrário. As três vias chegam forte para a disputa pela prefeitura. E quem ganha é o eleitor!


O grito do CPERS

Li no site do CPERS: “Em Assembleia Geral histórica, a primeira digital e a primeira a ser convocada para tratar da literal defesa da vida, quase 2 mil educadores(as) de todo o estado debateram — será? — e aprovaram uma firme resistência contra o retorno às aulas presenciais.” E a nota vai além. “Professores(as), funcionários(as) e estudantes não serão cobaias da política de morte de Eduardo Leite (PSDB), representada pela imposição precipitada, autoritária e irresponsável do governador.”

Basta um mínimo de discernimento para perceber os exageros. Chamar o retorno às aulas de “política de morte” é de uma desonestidade absurda. Usar o termo “cobaia” para a representação de um trabalhador, quando tantos outros profissionais atuam de forma presencial, é outro absurdo cometido pelo histérico sindicato. É fato que as estruturas escolares estão aquém do necessário. Mas o debate precisa ser maduro. O assunto é muito delicado para ser tratado “no grito”.

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