Convivência em condomínios exige bom senso

Comportamento

Convivência em condomínios exige bom senso

Para evitar ou solucionar conflitos, principalmente durante a pandemia, administradoras e síndicos reforçam normas de conduta e frisam a importância da coletividade

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Convivência em condomínios exige bom senso
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O isolamento social transformou a vida das famílias e, desde março, trouxe a rotina de todos os membros para dentro de casa. Com mais pessoas estudando e trabalhando em domicílio, a necessidade de cumprir as regras de convivência em condomínio ficaram evidentes. Hoje, o período exige que os moradores de apartamentos tenham bom senso e evitem barulhos altos para manter a harmonia entre os vizinhos.

Crianças correndo, cachorros latindo, som alto até madrugada… o barulho é uma das questões mais delicadas quando se fala em convivência em condomínios. Ainda que existam a Convenção do Prédio e o Regime Interno para estabelecer o horário de silêncio, nem sempre é possível evitar ruídos, visto que algumas atividades rotineiras podem gerar interferências sonoras involuntariamente.

Para a síndica profissional e administradora da Própria Condomínios, Cristiane Jung, a palavra-chave para residir em um apartamento é “bom senso”, enquanto a melhor solução para os problemas está no diálogo. “Devido à pandemia, as pessoas estão mais tempo em casa e presenciam o barulho dos vizinhos. O cenário que vivemos é complicado, as pessoas estão estressadas, mas é preciso saber moderar as situações”, afirma.

Ainda que os grupos de WhatsApp pareçam a melhor alternativa para debater os conflitos entre vizinhos, Cristiane alerta que este recurso pode propiciar novas discussões. “O ideal é que a rede social seja utilizada como ferramenta para avisos, recados e comunicados do funcionamento do prédio. Isso inclui data de reuniões, agendamento de limpezas, entre outros”. A profissional recomenda que as reclamações pessoais sejam comunicadas diretamente ao síndico ou mesmo tente-se uma conversa direta com os envolvidos.

Quando o diálogo não soluciona o conflito entre a vizinhança, Cristiane destaca que outras medidas podem ser implementadas, sendo elas a notificação, a advertência e, em últimos casos, a multa.

 

Atribuições ao síndico

De acordo com a lei, o síndico deve administrar o ambiente com base na Convenção e no Regime Interno. E, para isso, é importante que o mesmo tenha perfeita identificação com as rotinas e os problemas do condomínio. Mas isto não significa que ele precisa estar disponível 24 horas por dia. “Ele é um representante do condomínio. Não existe uma obrigatoriedade quanto a disponibilidade da pessoa”, destaca Cristiane.

No que se refere aos conflitos entre vizinhos, o síndico é considerado o principal mediador. Para isso, deve buscar soluções que levem em consideração o bem-estar de todos os moradores e a harmonia do ambiente.

 

Função da administradora de condomínios

A fim de auxiliar na administração dos prédios, as administradoras de condomínios são grandes aliadas dos síndicos. Como prestadora de serviços, a elas cabe a função de ajudar com a gestão do ambiente. “Temos que pensar no condomínio como uma empresa. A administradora é responsável pelo pagamento das contas e cobranças”.

Dessa forma, é função da administradora orientar o síndico quanto a legislação e os prazos legais; cuidar das contas a pagar; fornecer assessoria na prestação de contas e previsão orçamentária; acompanhar as prestadoras de serviços em obras e manutenções; dar suporte para a realização de assembleias gerais, entre outros.

 

Deveres do morador

Cristiane destaca que é importante que os moradores cumpram com as normas estabelecidas pelo condomínio, pois elas foram criadas com o objetivo de manter a ordem e o bem-estar de todos os condôminos. “Com a pandemia, novas regras foram implementadas, como o uso de álcool gel e da máscara nas áreas comuns dos prédios. É preciso lembrar que se as regras valem para um, elas valem para todos”.

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