Sem perícia, povo fica desassistido

Editorial

Sem perícia, povo fica desassistido

Gustavo Adolfo 1 - Lateral vertical - Final vertical

O impasse sobre o retorno das perícias médicas na Previdência Social ultrapassa os limites do desacerto entre profissionais e INSS. Atinge em cheio a camada mais necessitada da sociedade.
Desde o retorno, no dia 14 deste mês, os segurados são os maiores prejudicados. Pois foi anunciada a retomada, mas sem a presença dos médicos. Quando as pessoas chegaram às agências, foram surpreendidos que os procedimentos marcados não ocorreriam.
Muitas pessoas foram para as filas, em plena pandemia, na esperança de encaminhar os processos e receber, seja a licença saúde, ou mesmo a aposentadoria, tendo em vista que agora o segurado precisa fazer uma prova de vida.
Passados alguns dias, Lajeado teve liberação e pode retomar esses atendimentos presenciais. Mas, decisão SANTOSjudicial voltou a suspender o serviço. Expor as pessoas a essa espera é um ato desumano.
Agora, em todo o país, não haverá mais perícias. Nem mesmos as marcadas. Os profissionais responsáveis são contratados, terceirizados, não fazem parte do quadro efetivo de servidores. A representação dos médicos afirma que o governo não fez sua parte. Não adaptou as agências para esse momento de pandemia.
Essa morosidade corrói com a credibilidade das instituições públicas. Comprova o custo Brasil sobre a sociedade é demasiado e que as pessoas não recebem pelo que pagam.
Enquanto médicos peritos e o INSS não chegarem a um consenso, é a população mais carente que sofre com dificuldades. Nesta pandemia, sabe-se que o atendimento não será mais como antes. É preciso evitar aglomerações e ter regras mais rígidas sobre a conduta pessoal.
É possível organizar isso tudo. Fazer perícias só com agendamento, limitando o número de pessoas dentro das agências. Seis meses de covid-19 no país e não foi possível ajustar a estratégia para a volta? Enquanto empresas, indústrias e até escolas já estão com os protocolos prontos, a responsável pela previdência nacional não conseguiu se preparar. Mais uma vez recai sobre a população o custo da falta de organização dos serviços públicos.

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