“Ando por todo o interior em busca de antiguidades”

Abre aspas

“Ando por todo o interior em busca de antiguidades”

Morador da localidade de Boa Esperança, interior de Cruzeiro do Sul, Marcelo Adriano Kronbauer, 39, trabalha na área da construção civil. Mas é conhecido principalmente pela sua paixão por antiguidades, o que o levou a montar, em sua casa, uma espécie de museu, às margens da RSC-453. São mais de 1,5 mil objetos colecionados ao longo dos últimos 25 anos. Peças consideradas revolucionárias ocupam a maior parte do espaço do antiquário.

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Atualizado quinta-feira,
24 de Setembro de 2020 às 06:59

“Ando por todo o interior em busca de antiguidades”
Vale do Taquari

Quando começou a se interessar em colecionar antiguidades?
Há uns 25 anos, mais ou menos. Primeiro, foi com rótulos de garrafas. Meu avô trabalhava com bebidas antigamente. Então eu achei legal e comecei a colecionar estas coisas e outros artigos antigos que eu via na casa da minha avó. Aí, comecei a comprar algumas coisas antigas, isso há uns 20 anos. E fui organizando tudo isso. Não é algo para visita, pois não visa o lucro. É um local mais reservado, não para receber o público. Mas muitas pessoas me procuram atrás de antiguidades.

O que você tem no seu museu?
Trabalho com bule, rádio, também algumas mesas que tenho na parte do galpão. Tenho muitos lampiões e relógios de parede. Em quantidade, estes são os que eu mais tenho. E eles vem de vários países. Muita coisa de eletrificação vem da Inglaterra. Ha produtos da França, da Alemanha, da antiga Tchecoslováquia. Da Itália veio pouca coisa, apesar da forte imigração deles para a nossa região.

Quais as peças mais procuradas?
Isso é bem variado, depende muito da época. Já tive procura de itens dos mais diversos. Uma vez era a roda de carroça, também já foi o bule e o rádio. É difícil especificar o que as pessoas mais procuram. E, por conta da pandemia, muita coisa mudou, inclusive os hábitos da população. Os preços também se modificaram bastante, bem como as condições do produto.

Como reconhecer uma peça rara e de valor?
Eu assisto muito um programa no canal History, sobre caçadores de relíquias. Acompanho para tentar me atualizar com certas coisas. Vejo o que eles compram para ter uma ideia, de ver o que vale, e também comparo os preços de la com os daqui.

Onde você busca as peças raras para seu espaço?

Meu garimpo é feito principalmente no interior. Pego direto com os agricultores, nas casas onde vou. Ando por tudo, pelo interior de Cruzeiro do Sul e também de outras cidades. Chego a andar até 300 quilômetros a procura de peças antigas. Na maioria dos lugares, passo por estradas ruins. No asfalto é difícil encontrar estas antiguidades. Quem gosta, tenta buscar coisas de longe, até importam de outros países. Eu nunca fiz isso. Como falo em alemão, prefiro buscar nas casas, visitando as pessoas no interior.

Pretende continuar colecionando?
Estou sempre buscando mais itens. Aumentar é difícil por conta do espaço. Sempre tento colocar coisas menores, ou trocar uma peça maior por outras menores. A coleção é um custo parado, mas a ideia é mantê-la.

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