Concessão e ciclovia

Opinião

Rodrigo Martini

Rodrigo Martini

Jornalista

Coluna aborda os bastidores da política regional e discussão de temas polêmicos

Concessão e ciclovia

Por

Lajeado
Gustavo Adolfo 1 - Lateral vertical - Final vertical

O Vale do Taquari poderá ter uma chance de ouro para concretizar o sonho de uma ciclovia entre Estrela, Colinas e Imigrante. Eu explico. O governo estadual pretende conceder uma boa parte da malha rodoviária gaúcha à iniciativa privada. E a privatização da ERS-130 e de parte da ERS-129 é uma oportunidade concreta para a consolidação de um “passeio intermunicipal” junto ao trecho “germânico”. Não haverá praça de pedágio naquele trajeto, claro. Mas a estratégia de investimentos pode, sim, prever obras naquele ponto.

É sempre bom reforçar: não é capricho, é segurança. O uso da bicicleta naquele trecho é uma realidade que salta aos olhos. A cada mês, são centenas – para não dizer milhares – de ciclistas utilizando aquela via sem acostamento para o lazer. Outras centenas utilizam por outros motivos. A ida ao trabalho. Ao mercado. Ao vizinho. É um hábito natural naquela região, e que precisa ser cada vez mais incentivado. Mas desde que haja a devida segurança. E hoje, infelizmente, o trânsito está complicado para todos. Ciclistas, pedestres e motoristas.

A ideia de incluir a ciclovia no edital de concessão da ERS-129 não é minha. Ela já circula nos bastidores. A ideia já permeia mesas de prefeitos, vereadores e líderes empresariais. Há um anteprojeto orçado em R$ 6 milhões. Mas é interessante buscar novos atores para ampliar o debate. Ciclistas, empresários, políticos, Univates, moradores e profissionais de tráfego, engenharia e tantas outras especializações precisam sentar juntos para a construção da melhor solução possível. Afinal, a oportunidade pode chegar a qualquer momento.


Pulmões em Lajeado

O Jardim Botânico de Lajeado completou 25 anos. E a entrevista concedida ontem pelo ex-prefeito Leopoldo Feldens – idealizador da proposta – à Rádio A Hora é esclarecedora. Um projeto desta magnitude não depende de um só governo, ou de um só prefeito. É preciso ser assertivo para convencer os mais diferentes segmentos da sociedade. E é preciso ter coragem e passar por cima de outros interesses para garantir esses verdadeiros “pulmões urbanos”.

Assim como o Jardim Botânico, o Parque do Engenho, o Parque dos Dick são pedaços de mata atlântica necessários para a nossa qualidade de vida. Ou mesmo para a nossa sobrevivência. No futuro também contaremos com o novo parque às margens do Rio Taquari (denominado Parque Ney Arruda). E podemos ampliar. As lagoas nos bairros Carneiros (a Lagoa dos Ruschel) e na divisa entre os bairros Santo Antônio e Morro 25 também merecem atenção.


“Culpa” do Bolsonaro!

Li, resumi e compartilho algumas conclusões controversas: Jair Bolsonaro já colocou fogo na Amazônia, derramou óleo no litoral brasileiro, voltou a brincar com fogo no Pantanal, instaurou uma pandemia no Brasil e está envolvido na morte de Marielle Franco (PSOL). A persistir este cenário pueril, boa parcela da Esquerda servirá para reeleger o atual presidente ainda no primeiro turno em 2022. Trata-se de uma oposição absolutamente previsível.


E as campanhas?

Os assessores jurídicos dos principais partidos da região estão sem dormir. Muitos pré-candidatos continuam apostando nas postagens patrocinadas antes do início da campanha. E não são poucas as recomendações judiciais contrárias. Eu sugiro prudência. Até porque os processos, em alguns casos, podem ser articulados pelos próprios partidos dos candidatos.


E o camelódromo?

O Fórum das Entidades se posiciona contrário à implantação de um camelódromo em Lajeado. A medida é ventilada faz décadas. E o debate voltou à tona em função das recorrentes reclamações de lojistas, que enxergam nos vendedores de rua uma concorrência desleal. Sobre o espaço, o “xis da questão” é o local a ser escolhido e, claro, os impactos sobre os vizinhos.


E as multas?

As multas de trânsito cobradas em Lajeado estão minguando. Neste ano, o governo arrecadou quase R$ 625 mil. Em abril e maio, por exemplo, foram arrecadados R$ 151 mil e R$ 101 mil em multas, respectivamente. Já nos dois últimos meses – julho e agosto –, a arrecadação caiu para R$ 50,3 mil e R$ 35,3 mil. E eu estou curioso para saber os números dos próximos meses.

 

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