Testes genéticos auxiliam no diagnóstico precoce de câncer

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Testes genéticos auxiliam no diagnóstico precoce de câncer

Centro Regional de Oncologia (CRON) firma parceria com Hospital Albert Einstein para realização de exames de mapeamento e novos tratamentos

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Os bons índices de cura para os cânceres estão diretamente relacionados ao diagnóstico precoce e aos tratamentos inovadores. Para auxiliar neste processo, o mapeamento genético tornou-se um aliado na oncologia, pois ele revela com antecedência a probabilidade de uma pessoa desenvolver doenças hereditárias e permite que ela faça terapias mais eficazes.

A hereditariedade é um fator importante a se avaliar no que se refere ao câncer. Diferente do que muitas pessoas imaginam, alguns tipos da doença podem ser evitados ao analisar esse aspecto por meio dos testes genéticos. A exemplo, há o caso da atriz americana Angelina Jolie que removeu as mamas para prevenir o câncer de mama, disfunção que acometeu sua mãe e avó.

A eficácia dos tratamentos de cânceres baseados nos testes genéticos despertou interesse dos profissionais da saúde. No Vale do Taquari, a aposta no mapeamento genético levou o Centro Regional de Oncologia (CRON) a firmar parceria com o Laboratório Genômika, do Hospital Albert Einstein, de São Paulo. Agora, a comunidade regional possui mais uma alternativa de tratamento a doença.

Entenda mais sobre os testes genéticos na entrevista com a médica oncologista do CRON, Camila Jeremias

O que são os testes genéticos?

Os testes genéticos são exames que possibilitam identificar, através de uma análise minuciosa do DNA, se a pessoa possui maiores riscos e propensões a desenvolver certas doenças. Na oncologia, estes testes detectam mutações (tais como modificações específicas em genes, cromossomos ou proteínas) que servem para compreender o diagnóstico de cânceres hereditários e o risco do surgimento de novos tumores. Ou seja, as pessoas podem descobrir se possuem alguma predisposição antes mesmo de desenvolver a doença. Caso essas mutações sejam herdadas, podemos rastrear os demais membros da família e adotar medidas de prevenção e, até mesmo, redutoras de risco.

Como são coletados os testes?

Os testes genéticos podem ser feitos por meio da coleta de uma amostra de sangue ou de outro material genético, como a mucosa oral ou a saliva.

Todos os cânceres acontecem por alterações genéticas hereditárias?

De modo geral, os cânceres acontecem devido a alguma alteração nos genes. Mas isso não significa que essas variações sejam hereditárias, pelo contrário, os cânceres com componentes hereditários representam a minoria dos casos. Quando há alterações hereditárias, isso significam que os filhos e filhas de uma pessoa que possui esse distúrbio genético e que herdam a mutação nos genes, também herdam um risco maior de desenvolver tumores.

Todas as pessoas devem fazer os testes genéticos?

Não são todas as pessoas que devem fazer os testes genéticos e a indicação para fazê-los deve ser avaliada por um especialista. De maneira geral, os testes são indicados para àquelas pessoas que já apresentaram determinados tipos específicos de câncer ou àquelas que possuem um histórico da doença na família. Além disso, outras características devem ser avaliadas, como o tipo de tumor, a idade e o grau de parentesco.

É importante destacar que ter mutação genética não representa o surgimento de um câncer, e sim, que pode existir aumento na chance de desenvolver a doença ao longo da vida. Em geral, pessoas que possuem mutações genéticas podem desenvolver a doença em uma idade mais precoce.

Saber se meu câncer tem componente hereditário pode modificar o meu tratamento? Por quê?

Para muitos tipos de cânceres, pacientes com diagnóstico e que estejam em tratamento, identificar alterações genéticas associadas ao tumor é extremamente importante e pode fazer a diferença na prescrição dos tratamentos. Isso auxilia nas decisões terapêuticas e permite a abordagem personalizada a cada pessoa.

Quais são os cânceres que estão mais frequentemente relacionados a causas hereditárias?

Cânceres de mama, ovário, próstata, colorretal e pâncreas, são exemplos de tumores frequentemente relacionados a mutações familiares. Existem algumas características que podem indicar que a pessoa tem uma síndrome de câncer hereditário, tais como: o diagnóstico da doença em pessoas jovens, vários tumores em uma mesma pessoa ou em várias gerações da família.

Para confirmar se há um câncer hereditário, é necessário a realização de testes genéticos. O resultado ajuda a escolher as medidas de prevenção para evitar o surgimento do câncer, sejam elas cirurgias redutoras de risco ou o acompanhamento mais restrito e precoce. No entanto, todos os casos devem passar por uma avaliação multiprofissional e é essencial decidir a realização de um teste e interpretá-lo junto ao seu médico.