Quantidade de mortes preocupa para classificação da bandeira

Distanciamento Controlado

Quantidade de mortes preocupa para classificação da bandeira

Vale do Taquari registrou 10 óbitos pela covid-19 na semana, o maior número desde o início do sistema de Distanciamento Controlado

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Atualizado sexta-feira,
07 de Agosto de 2020 às 10:19

Quantidade de mortes preocupa para classificação da bandeira
Cristiano Dickel mostrou incertezas sobre a classificação da bandeira vermelha e destacou preocupação com o aumento das mortes na região
Vale do Taquari
Gustavo Adolfo 1 - Lateral vertical - Final vertical

A classificação do Vale do Taquari para a próxima rodada do Distanciamento Controlado é uma incógnita, mesmo para quem monitora semanalmente os números de hospitalizações, óbitos e falta de leitos de UTI na região.

Conforme o diretor executivo do Hospital Bruno Born (HBB), Cristiano Dickel, o governo estadual já contabilizou hospitalizações de semanas anteriores na última rodada, o que fez o Vale do Taquari ser classificado com a bandeira vermelha.

“A gente tinha 42 hospitalizações, 19 a mais que a realidade. O número era muito mais do que no surto nos frigoríficos. A classificação pra bandeira vermelha foi injusta”, afirmou em entrevista ao programa Frente e Verso da manhã de hoje.

Segundo Dickel, há incertezas sobre como será a contabilização dos dados nessa semana. “Não se sabe se haverá pacientes de outras semanas contabilizados”, se queixa ao destacar que a região teve cerca de 20 hospitalizações na semana.

Outra preocupação para a classificação do risco de contaminação na região é o número de óbitos. O Vale registrou 10 mortes pela covid-19 na semana passada – o maior número desde o início da pandemia.

Em contraste, Dickel destaca que as casas de saúde no Vale do Taquari estão com 10 leitos de UTI livres. Já a macrorregião (com o Vale do Rio Pardo junto) tem 64 leitos de UTI disponíveis. “É de se comemorar tantos leitos”, afirma.

Não há falta de leitos

Dickel também esclareceu críticas sobre a possível falta de leitos no HBB pelo fato do hospital diminuir a área destinada para a covid-19.

O diretor executivo esclarece que na contabilização do estado não existe diferenciação dos leitos normais e leitos para o coronavírus. A diminuição da área destinada a doença serviu para que a UTI fosse utilizada para cirurgias e outras enfermidades.

“Os leitos foram utilizados a semana inteira para pacientes em cirurgias. Se fosse destinado para a UTI Covid, estaria com pacientes de fora ou sem utilização. Nós continuamos com pessoas infartadas. O número de acidentes aumentou. Precisamos dessas UTIs para outras situações”, argumentou.

Dickel também abordou a mudança no Distanciamento Controlado que divide a definição das restrições com as associações regionais.

Ouça a entrevista completa no link:

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