Projeto de museu gera impasse entre governo, câmara e moradores

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Projeto de museu gera impasse entre governo, câmara e moradores

Associação de Moradores do Centro de Estrela contesta proposta. Câmara retirou de projeto previsão de R$ 126 mil para a obra

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Projeto de museu gera impasse entre governo, câmara e moradores
Sem aprovação na câmara, museu depende de novo projeto para ter recurso garantido. Foto: Divulgação
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Após mais de 30 anos de espera, o município chegou ao projeto de criação de um museu. No entanto, a proposta gera impasse entre o governo, câmara e Associação de Moradores do Centro (Amorcentro).

A criação do espaço foi aprovada em lei municipal em 1987, mas nunca saiu do papel. Cerca de um mês atrás, a Secretaria Municipal de Cultura e Turismo apresentou uma proposta.

O projeto prevê a construção de um anexo junto ao Centro de Cultura e Turismo Bertholdo Gausmann. O espaço a ser construído teria cerca de 60 m² e contaria ainda com uma parte já existente, de 18 m².

O Executivo pediu autorização à câmara para readequar o orçamento e garantir que R$ 126 mil destinados ao patrimônio possam ser usados na obra.

A medida integrava um projeto que tratava de verbas de outros setores. Os vereadores aprovaram emenda substitutiva de autoria do presidente da casa, João Braun (PP), sem o recurso para o museu. Com o resultado, é necessário um novo projeto para destinar dinheiro à construção do espaço.

Associação contesta projeto

A proposta do governo é contestada pela Associação de Moradores do Centro (Amorcentro). Na avaliação do ex-presidente e conselheiro da entidade Hélio Musskopf, o governo teve sete anos e meio para criar o museu e quer fazê-lo “a toque de caixa”.

“A lei existe. O museu foi criado, mas não foi implantado. Agora querem fazer esse remendo em um prédio histórico, um dos poucos que temos no município”, afirma.

Musskopf considera o espaço insuficiente para o museu e sugere que se avalie utilizar imóveis já existentes, como o que abriga hoje o gabinete do prefeito.
Começar pequeno

Secretária de Cultura e Turismo, Carine Schwingel defende que o projeto está disponível faz cerca de um mês e foi aprovado pelo Conselho Municipal de Cultura. A secretária afirma ainda que não foi procurada por nenhum representante dos moradores do Centro.

“Adotei a estratégia de começar pequeno e evoluir com o tempo, ao invés de criar um museu grande, com uma estrutura e necessidade de pessoal que não temos hoje. Para conseguirmos implantá-lo ainda nessa gestão”, diz.

Carine afirma que o município dispõe hoje de um acervo muito pequeno de peças e que a criação do museu permitirá receber doação de materiais. Em conversa informal com a família Schinke, que mantém um acervo histórico do município, foi sinalizada a doação de parte do acervo.

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