Aulas não retornam antes de setembro

Educação e pandemia

Aulas não retornam antes de setembro

Estado apresenta resultado de consulta a entidades sobre estratégia para a educação gaúcha. Cenário mais votado coloca como prioridade volta do Ensino Médio e dos cursos técnicos. Sugestões serão avaliadas para definir o modelo a ser adotado no RS. Ainda não há prazo para atividades presenciais

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Aulas não retornam antes de setembro
Proposta do comitê educacional de Lajeado para retomada gradual ainda aguarda retorno por parte do governo do estado. Foto: Gabriel Santos
Estado

O modelo mais votado pelas entidades de 441 municípios gaúchos define que a volta das aulas presenciais deve começar pelo Ensino Médio e pelos cursos técnicos. Depois os anos finais do Fundamental, na sequência o 1º ao 5º ano. Na quarta etapa universidade para só depois a Educação Infantil.

A consulta teve participação majoritária da rede municipal de ensino e reuniu 759 respostas com propostas para o melhor cenário de reinício, incluindo medidas de prevenção ao coronavírus e os desafios para implementar protocolos específicos. Das respostas válidas, 89,5% escolheram o modelo B (veja os detalhes no gráfico). O Estado havia proposto quatro cenários, com diferentes estratégias sobre a retomada das atividades presenciais.

Em transmissão na tarde de ontem, o governador Eduardo Leite detalhou os resultados e também afirmou que essas sugestões farão parte da estratégia estadual. No entanto, o chefe do Piratini não apresentou data para o retorno das atividades. A tendência é que as atividades escolares permaneçam remotas até setembro.
“Sabemos que o assunto da educação mobiliza muitas pessoas devido à preocupação com a vida das crianças e das famílias. Embora as crianças pertençam a um grupo de menor risco de letalidade, evidentemente são transmissoras do vírus”, disse o governador.

Para ele, não há uma solução fácil, por isso o Piratini optou por buscar a opinião de diversos setores da sociedade para encontrar um caminho para os próximos passos. “A pesquisa nos ajuda a identificar como a retomada do ensino presencial está sendo vista”, explicou Eduardo Leite.

A consulta foi feita de 3 a 17 de julho. As organizações participantes são conselhos de políticas públicas, representantes das redes de ensino, organizações sociais, redes e entidades assistenciais, sindicatos, organizações de saúde e conselhos tutelares.

Modelos alternativos

Outra opinião majoritária das entidades é no sentido de estabelecer as aulas apenas em turno único, mesmo nas situações de estudantes da Educação Infantil e do Ensino Médio que frequentavam as escolas no modelo de turno integral.

O governador alertou para a complexidade de definir os melhores protocolos para a retomada da rotina em sala de aula. A educação envolve mais de 2,5 milhões de pessoas, desde a pré-escola à pós-graduação. Esse contingente representa ao redor de 20% da sociedade gaúcha.

Proposta de Lajeado

A proposta do comitê educacional de Lajeado para retorno gradual das aulas presenciais para os 3º anos do Ensino Médio dos colégios privados foi reencaminhado ao governo do Estado faz mais de 15 dias.

O modelo institui o retorno das aulas para turmas do 3º ano do Ensino Médio de colégios particulares, com testes nos alunos a cada 15 dias e medidas de distanciamento nas aulas.

O Estado havia solicitado ajustes, os quais foram feitos, informa o prefeito Marcelo Caumo. O projeto tem como base os números de testes, na prevalência do vírus entre jovens e crianças e nos indicadores de ocupação dos leitos hospitalares. Após o reenvio da proposta, o Piratini não informou se aceita ou não a experiência.

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