Desemprego perde força

editorial

Desemprego perde força

O primeiro semestre foi de aumento do desemprego na região. Conforme o Caged, mais de 3,1 mil postos foram fechados. Essa é uma mostra do impacto da pandemia no trabalho e na renda da população regional.

Desemprego perde força
Vale do Taquari
Gustavo Adolfo 1 - Lateral vertical - Final vertical

O primeiro semestre foi de aumento do desemprego na região. Conforme o Caged, mais de 3,1 mil postos foram fechados. Essa é uma mostra do impacto da pandemia no trabalho e na renda da população regional.
Ao mesmo tempo, os números também apontam para uma tendência de desaceleração. Enquanto em março e abril as demissões bateram recorde, nos meses subsequentes diminuiu o número de desligamentos.

Para se ter uma ideia, abril foi o período crítico, com a extinção de 3,4 mil postos de trabalho. Havia uma perspectiva de que maio e junho fossem meses com mais desemprego devido ao avanço da covid-19, mas ocorreu o contrário.

Em abril, os resultados foram marcados pela bandeira vermelha no Vale do Taquari. Naquele mês, nenhuma cidade havia conseguido ficar no positivo na relação entre admissão e afastamentos.

Isso comprova a necessidade de se manter na bandeira laranja. Novas semanas de fechamentos e restrições teriam impactos desastrosos. A indústria alimentícia teria de reduzir para 25% a capacidade produtiva. Os comércios não essenciais precisariam fechar. A consequência seria mais desemprego.

De fato, as empresas já adotou as medidas governamentais para redução das despesas, como suspensão dos contratos, redução da carga horária e afastamentos dos funcionários dos grupos de risco.

Pelo indicativo, aos poucos a região pode estar passando pelo momento crítico e a tendência é para uma crise nos empregos menor em comparação com outras localidades gaúchas. Essa redução no ímpeto das demissões é resultado da indústria alimentícia, setor que mais emprega trabalhadores da região e que precisou se adaptar, afastando grupos de risco e contratando mais mão de obra.

Ainda que a tendência seja de desaceleração do desemprego e para um possível retomada entre outubro e novembro, não se pode afastar a realidade de empobrecimento das famílias e da necessidade de um plano consistente de recuperação econômica. O Estado como um todo, municípios, unidades federativas e a própria União devem exercer essa liderança para indicar caminhos, apresentar soluções e alternativas para mitigar os impactos da recessão.

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