70 anos do Maracanazo

Opinião

Caetano Pretto

Caetano Pretto

Jornalista

Colunista esportivo.

70 anos do Maracanazo

Por

Vale do Taquari

Um dos jogos mais marcantes da história do futebol está de aniversário. Há exatos 70 anos, no dia 16 de julho de 1950, o Brasil perdia para o Uruguai por 2 a 1 na final da Copa do Mundo, naquele jogo que ficou conhecido como Maracanazo.

Os tempos eram outros. O Brasil ainda não era campeão mundial, enquanto que o Uruguai chegava ao seu segundo título. Aquela partida moldou o caráter de uma geração que ficou marcada pela derrota, mas que oito anos depois, com o aparecimento de um jovem chamado Edson Arantes do Nascimento, venceu o seu primeiro título. Viriam mais quatro depois.

O Maracanazo foi por 64 anos considerado o maior vexame da história da Seleção Brasileira. Só foi deixado para trás em 2014. Os motivos nós sabemos.

Naquele 16 de julho haviam 199.854 pessoas no Maracanã, público que é o maior da história do futebol até os dias de hoje. E provavelmente nunca será batido. Os estádios de hoje não comportam mais tantos torcedores.
Naquele dia o torcedor brasileiro elegeu o goleiro Barbosa como o grande vilão da partida. O Brasil saiu na frente com um gol de Friaça aos 47 minutos, mas levou a virada dos uruguaios com gols de Schiaffino e Ghiggia. Uma suposta falha no segundo gol atormentou o goleiro brasileiro pelo resto de sua vida. Barbosa faleceu em 7 de abril de 2000, aos 79 anos, sem nunca ter recebido o perdão da torcida que o crucificou.

Como sabemos, a decepção pela derrota em 1950 serviu de motivação para a vitória de 1958. Depois ainda vieram títulos em 1962, 1970, 1994 e 2002. O Uruguai nunca mais venceu uma Copa. Sequer chegou a uma final. Lá se vão 70 anos.


O piloto fora de série

O piloto inglês Lewis Hamilton não cansa de fazer história. No último domingo ele venceu o GP da Estíria e se juntou a Jack Brabham como únicos da história a vencer corridas em três décadas diferentes. O piloto de 35 anos mira agora quatro recordes de Michael Schumacher: mais pódios, vitórias, vitórias na mesma pista e títulos.

Neste domingo ele tenta igualar o alemão no número de vitórias em uma mesma pista. Ele pode chegar à oitava vitória no GP da Hungria. Hexacampeão mundial, Hamilton precisa de um título, seis vitórias e três pódios para igualar os números do maior piloto da história da Fórmula 1.

Mesmo com números tão marcantes dentro da pista, Hamilton consegue se destacar ainda mais fora dela. Único piloto negro na modalidade, ele cobra mais representatividade no automobilismo. Esteve nas recentes manifestações antirracistas nos Estados Unidos, se ajoelhou em apoio ao movimento Black Liver Matter antes das corridas na Áustria e comemorou a sua primeira vitória na temporada com o punho direito erguido no pódio. Em tempos onde muitos atletas tentam se distanciar de movimentos sociais com o medo de serem julgados, Hamilton dá a cara a tapa e mostra como é fora de série.

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