Órgão rebate críticas sobre monitoramento do nível do rio

incerteza na medição

Órgão rebate críticas sobre monitoramento do nível do rio

Falha nos equipamentos eletrônicos em função das condições adversas pode ter prejudicado monitoramento do Taquari na madrugada de quinta-feira

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Órgão rebate críticas sobre monitoramento do nível do rio
Vale do Taquari
Gustavo Adolfo 1 - Lateral vertical - Final vertical

Implantado em 2015, o sistema de alerta hidrológico da Bacia do Rio Taquari tem 12 pontos de monitoramento das águas. O trabalho realizado pelo Serviço Geológico do Brasil/Companhia de Pesquisa de Recursos Minerais (CPRM) tem como objetivo “mapear, descrever e classificar com potencialidade para riscos de desastres naturais, inundações e deslizamentos de terras”.

Durante a maior enchente registrada no Vale do Taquari nos últimos 64 anos, a alteração de dados sobre o nível de Taquari fez autoridades e comunidade local questionar a eficiência do sistema. Principais equívocos foram registrados na madrugada de quinta-feira, 9.

Em nota encaminhada ao A Hora nessa segunda-feira, 13, a CPRM destacou a importância do monitoramento, que funciona sem interrupções na transmissão dos dados e manutenção constante.

Mesmo com o acompanhamento e reparos preventivos, a CPRM afirma que “não é possível garantir que não ocorram falhas”. Os equívocos ocorrem pelo fato dos equipamentos eletrônicos de alta tecnologia estarem expostos a condições adversas, “como chuvas torrenciais, raios, trovões e a força das águas dos rios”.

Quando apresentam falhas ou erros na transmissão, os engenheiros da CPRM entram em contato com observadores que estão no local, com o intuito de manter informados os órgãos de defesa.

A CPRM também informa que o maior diferencial do sistema de alerta são as previsões dos níveis realizado por engenheiros que calculam os possíveis níveis dos rios com horas de antecedência. Essa previsão garante à Defesa Civil informações necessárias para a remoção preventiva de pessoas e bens materiais de áreas de risco.

Na enchente da semana passada, a CPRM emitiu 36 boletins com previsões de quatro a 12 horas de antecedência. Um gráfico comparativo encaminhado pela CPRM à redação do A Hora mostra que as previsões estavam próximas do nível atingido pelo Rio Taquari.

Saiba mais

O Rio Taquari foi escolhido para implantação do sistema de alerta por ser historicamente uma área muito afetada pelas inundações. Os pontos de monitoramento estão em Passo Tainhas, Vacaria, Ibiraiaras, Serafina Correa, Auler, Linha José Júlio, Muçum, Encantado, Estrela/Lajeado, Bom Retiro, Porto Mariante e Taquari.
Todos estão equipados com estações telemétricas, que transmitem os dados em tempo real, via satélite. A maioria destas estações telemétricas, que compõem o sistema de alerta hidrológico do rio Taquari, também integram a Rede Hidrometeorológica Nacional de Referência (RHNR).

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