Em meio à enchente histórica, mulher entra em trabalho de parto

Nascimento inusitado

Em meio à enchente histórica, mulher entra em trabalho de parto

Mulher entrou em trabalho de parto no alojamento, após ser resgatada da casa onde morava, que ficou destruída

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Atualizado terça-feira,
14 de Julho de 2020 às 11:40

Em meio à enchente histórica, mulher entra em trabalho de parto
Rosane entrou em trabalho de parto na noite em que foi resgatada da enchente
Lajeado
Gustavo Adolfo 1 - Lateral vertical - Final vertical

No fim da tarde de quarta-feira, a água chegou ao segundo piso da casa de Rosane da Silva, na rua Marechal Deodoro, no Centro. Grávida de quase nove meses, ela foi resgatada junto com o marido e o filho de seis anos.

A família foi para o Parque do Imigrante, onde mais de cem pessoas tiveram de se abrigar em função das enchentes. O resgate ocorreu no fim da tarde. Durante a madrugada, já no alojamento, Rosane começou a sentir as primeiras contrações.

“Acho que fiquei muito nervosa e estourou a bolsa. Eu não estava muito bem, estava triste, preocupada. Tudo contribuiu. A gente estar fora de casa é ruim também. Chamaram uma ambulância e me levaram para o hospital”, conta.

Natural de Cachoeira do Sul, ela vive em Lajeado faz cerca de seis anos. Foi a primeira vez que enfrentou uma enchente de grandes proporções.

O pequeno Kaleb Emanuel nasceu às 8h17 da sexta-feira, com 3,6 kg e bastante cabelo, no Hospital Bruno Born. Rosane e o bebê permanecem no hospital. A enchente destruiu tudo que havia na residência.

Família não tem para onde ir

Rosane ainda não tem previsão de sair do hospital pois a família ficou sem ter para onde ir. Ela trabalha em um frigorífico e o marido, Isac, é autônomo. A família busca agora um lugar para seguir a vida com o novo integrante.

A mãe ainda não teve condições de curtir o novo filho com tranquilidade. No momento, sua maior preocupação é encontrar um imóvel para acomodar a família. Eles contam com apoio da assistência social do município para achar um local para se mudar. “Ficou tudo destruído e não podemos mais ir para lá. O que me preocupa agora é achar um lugar para ficar”, conta.

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